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Estudo destaca a normalização de problemas de saúde em raças braquicefálicas - Grupo 2, pontos que ferem o BEA

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(@gabriella-de-macedo-januario)
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Topic starter  
Nome do post: Estudo destaca a normalização de problemas de saúde em raças braquicefálicas.
Link da notícia: https://caesegatos.com.br/estudo-destaca-normalizacao-de-problemas-de-sa ude-em-racas-braquicefalicas/
Identificação do grupo: Bianca Alvarenga Anti Pompeu, Camila Bortolatto Carvalho, Gabriella de Macedo Januário, Kamila Cristina Sabino, Letícia Malteze Garcia Rodrigues, Maria Lara Silva da Cruz, Nicole Maguetta Pádua Dias Balieiro
Principais temas diversificados: anatomia patológica e sofrimento persistente; normalização do sofrimento; criação guiada pela aparência; consequências psicológicas e econômicas; crítica à seleção genética corretiva.
Introdução
  O conceito de bem-estar animal (BEA) refere-se ao estado em que o animal vive em harmonia com o ambiente, livre de dor, lesões e doenças, sendo capaz de expressar comportamentos naturais sem sofrimento. Entretanto, a criação e popularização de raças braquicefálicas, como o Pug e o Bulldog Francês, colocam em debate a possibilidade real de esses animais alcançarem tal bem-estar, uma vez
que suas características anatômicas resultam de uma seleção artificial externa para a estética e não para a saúde.
  Este artigo tem como objetivo discutir os limites do bem-estar em raças braquicefálicas, com base na matéria “Estudo destaca normalização de problemas de saúde em raças braquicefálicas”, publicado pelo portal Cães e Gatos, e nos argumentos apresentados pelo contrário à ideia de que esses animais podem ter bem-estar pleno.
  A reportagem aborda um estudo que demonstra a crescente normalização dos problemas de saúde em cães braquicefálicos. Essas raças, conhecidas por seus focos descobertos e de aparência bastante considerada, sofrem com diversos problemas, como dificuldades respiratórias, dermatológicas e reprodutivas, sendo em especial a Síndrome Braquicefálica, caracterizada por estenose das narinas e palato mole alongado. O estudo também alerta para o fato de que tutores e criadores vêm tratando sinais de sofrimento, como roncos, apatia e posturas
anormais ao dormir como “características típicas” dessas raças, o que contribui para a naturalização do sofrimento animal e a perpetuação de padrões estéticos contratados.

Pontos envolvidos
  O grupo defende que o bem-estar é incompatível com a genética e a anatomia das raças braquicefálicas, pois suas características físicas são resultado direto de um processo de seleção artificial que prioriza a estética em detrimento da saúde.

1. Anatomia patológica e sofrimento persistente: os traços físicos dessas raças, como foco curto, olhos proeminentes e dobras superficiais são causadores de problemas respiratórios, oftalmológicos e dermatológicos. A Síndrome Braquicefálica impede o animal de respirar melhor, fazendo com que atividades simples resultem em desconforto e hipóxia crônica. Portanto, o animal não atende à liberdade de “estar livre de dor, lesões e doenças”.
2. Normalização do sofrimento: a sociedade passou a romantizar sinais de sofrimento, como o ronco e a falta de energia da raça, enxergando-os como comportamentos fofos e desejados. Essa importância mascara a dor e impede o reconhecimento do sofrimento como um problema ético e médico.
3. Criação guiada pela aparência e crítica à seleção genética corretiva: mesmo em cães legalizados, a reprodução dessas raças continua priorizando padrões estéticos danosos. A alegação de que a criação responsável pode “corrigir” a genética é considerada ilusória, pois o padrão racial é intrinsecamente doentio. Reproduzir indivíduos com tais deformidades contrariamente aos princípios da ética veterinária. Além disso, a tentativa de criar “braquicefálicos menos extremos” é vista como uma forma de perpetuar o problema, apenas mascarando o sofrimento sob uma aparência de cuidado. O verdadeiro bem-estar só seria possível com a interrupção da reprodução dessas raças e o incentivo à adoção de animais sem deformidades genéticas.
4. Consequências psicológicas e econômicas: no contexto socioeconômico, o sofrimento dos animais também afeta os tutores, que enfrentam altos custos veterinários e frustrações emocionais ao lidar com doenças crônicas e limitações funcionais. Essa desilusão ainda pode contribuir para o abandono desses animais.
 
Conclusão
  Através da leitura da notícia e do debate encerrado em aula, o grupo concluiu que os cães braquicefálicos vivem em uma condição de sofrimento específico, ou que são ignorados em nome da estética e da satisfação humana. Ainda assim, mesmo que com cuidados intensivos, manejo adequado e cirurgias corretivas, não seria possível atingir o bem-estar pleno em animais cujas características anatômicas comprometem funções deficientes como respiração e termorregulação. Portanto, a verdadeira defesa do bem-estar animal exige romper com a normalização da dor e compensar a reprodução de raças geneticamente comprometidas.
  O desafio ético não consiste apenas em tratar os sintomas, mas na consideração de que a seleção estética é incompatível com a saúde e com os princípios do bem-estar animal. Por fim, o debate ressalta a necessidade de educação social, fiscalização da criação (e possivelmente suspensão) e incentivo à adoção de outras raças de animais sem deformidades, promovendo um conceito de bem-estar baseado na funcionalidade, na saúde e na dignidade animal.
This topic was modified 22 hours ago 4 times by Gabriella de Macedo Januario

   
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