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Creio que a exportação de caprinos e ovinos para Omã deve exigir rigorosas medidas de fiscalização, especialmente devido ao impacto do transporte de longa distância no bem-estar animal. É necessário garantir certificados de vacinação, avaliar a saúde dos animais antes do embarque, e adaptar o transporte às necessidades da espécie, assegurando acesso a água, alimento e condições seguras, com controle de temperatura. Além disso, a quarentena supervisionada por veterinários é essencial para evitar riscos sanitários, pensando tanto no besm-estar animal, como na saúde da população.
Embora a abertura desse mercado possa impulsionar o agronegócio, os benefícios econômicos muito provavelmente não irão se refletir na população, pois grande parte do lucro permanece concentrada nas mãos daqueles que criam esses animais com esse intuito, - ou seja, uma minoria - com impacto limitado na geração de empregos. É importante ressaltar que mesmo com melhorias nas condições de transporte, o processo ainda causa estresse aos animais, reforçando a prioridade do lucro sobre o bem-estar animal na lógica de grandes produtores.
O transporte de animais vivos é uma parte muito estressante da produção. Se não for feito corretamente, pode levar ao descarte dos animais ou prejudicar a qualidade da carne, gerando perdas. Por isso, é fundamental ter uma fiscalização eficiente.
Primeiro, deve haver um veterinário que confira se os animais estão saudáveis e sem lesões. Além disso, é necessário um responsável técnico para garantir que o transporte seja seguro, sem partes cortantes ou pontudas, e que ofereça boa ventilação e espaço. Também é importante verificar se a quantidade de animais transportados é adequada, pois o excesso pode estressá-los.
Economicamente, essa abordagem pode abrir novas oportunidades para o mercado de pequenos ruminantes no Brasil, valorizando o país como exportador e beneficiando o agronegócio. No entanto, isso pode aumentar a demanda no mercado externo, o que, por sua vez, pode elevar os preços e reduzir a procura pelos produtos.
Para garantir minimamente o bem estar dos animais nesse tipo de transporte, especialmente considerando que o transporte de longas distâncias, como o do Brasil para Omã, pode ser estressante para os animais, para isso, devemos assegurar que seja fiscalizado: certificação de vacinação, avaliação da saúde do animal antes do embarque, transporte adaptado às necessidades da espécie, acesso garantido à água e alimentação, movimento seguro no transporte e controle da temperatura. Além disso, os animais devem passar por quarentena fiscalizada por um veterinário. Vale ressaltar que, mesmo que as condições de transporte sejam melhoradas, os animais ainda enfrentarão situações estressantes. Isso destaca, na minha opinião, que a decisão reflete uma priorização do lucro ao invés do animal.
Sob a perspectiva socioeconômica, a autorização pode parecer benéfica para o Brasil, ao aumentar os lucros do agronegócio. Contudo, é importante ressaltar que esse lucro não se converte necessariamente em vantagens para a população, já que grandes latifúndios concentram riqueza e muitas vezes não geram benefícios benéficos para o povo brasileiro. Além disso, para que a comercialização ocorra de forma eficaz, é necessário um manejo técnico adequado, o que implica que os produtores de ovinos no Brasil enfrentem uma nova fase de tecnificação. Esse desenvolvimento requer um certo grau de complexidade e padrões de qualidade.
Acredito que existem diversas medidas de fiscalização adequadas para garantir que a exportação de animais ocorra dentro dos padrões de bem-estar. Desde a seleção dos animais nas propriedades, é fundamental que o embarque nos caminhões ocorra de forma segura. Os veículos devem ser apropriados, com temperatura controlada, além de disponibilizarem alimento e água, em caso de viagens longas, deve se atentar também a densidade animal, garantindo espaço adequado para todos os animais.
Após o transporte rodoviário, os animais devem ser transferidos para aviões ou embarcações, conforme o meio de transporte escolhido. Durante essa transição, é crucial garantir a segurança dos animais, sem comprometer sua integridade. No trajeto até Omã, o bem-estar deve sempre ser proporcionado, com a oferta contínua de comida e água, boas condições sanitárias, ambiente físico adequado, controle da densidade populacional e a ausência de barulhos estressantes, entre outros fatores.
Além disso, é essencial o acompanhamento constante de funcionários ( Estando todos devidamente treinados ) para o manejo adequado dos animais e a presença de médicos veterinários para intervir em situações de emergência, como em casos de abate humanitário para evitar o sofrimento desnecessário.
Além disso a ida de animais vivos ( E não em carcaças que passaram por linhas de inspeção anteriormente) pode acometer na entrada de doenças advindas do Brasil para outros países, por isso é necessário que os animais passem por consultas, exames clínicos e períodos de quarentena para garantir que não haja transmissão de doenças.
Quanto aos possíveis impactos, acredito que a exportação de caprinos e ovinos impulsionará a produção desses animais, gerando mais vagas de emprego e movimentando a economia do setor. Isso também pode abrir portas para novas parcerias internacionais, posicionando o Brasil como referência nesse tipo de comércio. No entanto, o não cumprimento das normas de bem-estar por parte de algumas empresas exportadoras pode gerar impactos negativos significativos, prejudicando a saúde e o bem-estar dos animais e comprometendo a reputação do setor.
Medidas rigorosas de fiscalização para garantir o bem-estar animal durante a exportação incluem a inspeção pré-embarque, onde os animais são submetidos a exames veterinários para verificar suas condições de saúde e aptidão para o transporte. O transporte deve ser feito em veículos que atendam às normas internacionais, garantindo espaço adequado, ventilação, alimentação e água durante todo o trajeto. Além disso, é essencial que os animais sejam acompanhados de certificações sanitárias emitidas por veterinários oficiais, atestando que estão livres de doenças transmissíveis e aptos para a viagem. A supervisão contínua por autoridades competentes também é fundamental para assegurar o cumprimento dessas normas.
Quanto aos impactos econômicos e sociais da exportação de caprinos e ovinos vivos do Brasil para Omã, economicamente, essa atividade pode fortalecer o agronegócio brasileiro, diversificar os mercados de exportação e gerar receita em moeda estrangeira. Isso pode beneficiar os produtores e estimular o desenvolvimento de infraestrutura no setor pecuário. No âmbito social, a criação de novos empregos na cadeia de produção e logística pode impactar positivamente comunidades rurais e portuárias. No entanto, é necessário considerar possíveis desafios, como o controle de doenças e as críticas de grupos de defesa do bem-estar animal, que podem gerar pressão social e afetar a reputação do Brasil no comércio internacional.
No Brasil, o órgão que fiscaliza e regulamenta o transporte de animais vivos é o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAM), que estabelece através da Resolução 791 de junho de 2020, as principais normativas para transporte de animais de produção, de interesse econômico, de esporte, de lazer e exposição. Esse documento discute formas de garantir o transporte com logística mais eficiente para os produtores ao mesmo tempo que tenta priorizar o bem estar dos animais, por isso é possível ver algumas exigências dentro do documento, como a de um veículo de transporte de animais vivos (VTAV), que precisa evitar sofrimento desnecessário e ferimentos durante o trajeto, minimizar agitação dos animais, ser adaptado a espécie e a categoria animal, garantir determinado nível de bem estar e mecanismos para retirar o animal em caso de emergências. Os animais que estão sendo transportados precisam ter uma Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que deve ser emitido somente por médicos veterinários, segundo exigências do MAPA. Esse documento é importante para garantir histórico e rastreabilidade dos animais, e contém informações como origem, destino, finalidade, espécie, vacinações, e status sanitário.
Na situação enunciada é importante ter um olhar crítico para o manejo anterior e posterior ao transporte desses animais, com atenção para o tempo em que ficam embarcados, períodos de jejum alimentar e hídrico, condições de temperatura, ventilação, proximidade com outros animais (estabelecimento de hierarquias), alta densidade, e outros fatores. Entende-se que o transporte de animais é um manejo que os expõem a determinados níveis de estresse, porém atitudes que ameacem a integridade física e psicológica desses animais com um manejo tão exaustivo, devem ser evitadas, pois a logística de garantir condições básicas de bem estar além de não sere eficiente, pode ser muito custosa para o produtor. O que se observa na realidade é a ausência do bem estar desses animais em virtude de serem vistos apenas como mercadoria, e somado a isso, a dificuldade de realizar o transporte desse grande rebanho, o que faz com que as medidas de bem estar não sejam nem cogitadas durante o trajeto ou tão pouco fiscalizadas.
Dentro do contexto apresentado acredito que haja uma necessidade da existência de medidas rigorosas de bem-estar animal, isso por que a condição de transporte já é um evento muito diferencial e de certa forma perturbador para os animais, logo todas as medidas que possam minimizar o estresse naturalmente causado pelo transporte são válidas. Com isso, essas medidas contam com verificações sanitárias detalhadas, monitoramento do transporte e condições de acomodação e de manutenção da integridade física, cumprimento de exigências internacionais sobre saúde animal e bem-estar durante o processo de exportação, garantia de densidade adequada, fornecimento de um espaço que o animal possa permanecer em temperatura saudável e agir de forma natural á sua espécie, garantir que os animais e o ambiente esteja livre de doenças e de endo e ectoparasitas, além da vacinação adequada e atualizada ,disponibilidade de água e alimento e entre outros fatores essenciais para os parâmetros de bem-estar e saúde animal.
Já no âmbito econômico brasileiro acredito que existam diversas possíveis consequências tanto positivas como negativas. O mercado de caprinos e ovinos pode ser muito bem valorizado ao se posicionar dentro do mercado internacional, de forma que pode favorecer economicamente o Brasil, contudo justamente esse posicionamento internacional pode ser um meio de alta exposição da produção brasileira de maneira que caso haja qualquer problemática pode haver um rompimento de confiança internacional com o Brasil. Além do mais, essa exportação pode ocasionar um certo aumento na desigualdade entre as grandes produções e os pequenos produtores, de forma que indiretamente causa prejuízos ao mercado econômico brasileiro. Por fim, é necessário analisar cuidadosamente o bem-estar dos animais dentro dessa exportação, uma vez que o bem-estar também está intimamente associado com a eficiência produtiva e dessa forma com a economia brasileira também.
A exportação de animais, para locais distantes, é caracterizada como um momento de extrema sensibilidade para a saúde e conforto dos animais, sobretudo, por conta do estresse gerado nesses animais durante o transporte. Desse modo, conclui-se que a adoção de medidas que assegurem o bem estar e o conforto dos animais é fundamental para que essa exportação seja realizada da forma mais adequada e segura possível.
Nesse contexto, observa-se que essas medidas de bem estar devem estar pautadas na realização de inspeções veterinárias antes do embarque, certificações sanitárias, além do cumprimento de normas internacionais de transporte de animais em condições adequadas que garantam os padrões de saúde dos animais - como espaço, alimentação, água, vacinação e guia de trânsito animal durante a viagem.
Por fim, constata-se que os impactos econômicos e sociais para o Brasil, desenvolvidos a partir dessa exportação de ovinos e caprinos para o Omã, incluem a abertura de novas relações comerciais com diferentes países, o fortalecimento da agropecuária brasileira, a geração de empregos e o aumento do protagonismo brasileiro no mercado global de exportação de animais vivos.
A exportação de animais vivos é um tema muito polêmico e que precisa ser analisado com cuidado. Para garantir o mínimo de bem estar a esses animais deve-se considerar não só o âmbito físico mas também o emocional, estabelecendo normas claras a serem seguidas, visto que são animais que facilmente se estressam e possuem sensibilidade a ruídos altos por exemplo, devendo ser evitado ao máximo possíveis estressores. Além disso é preciso uma fiscalização em relação a documentação dos animais, certificados de vacinação, rastreabilidade e destino dos animais. É importante também avaliá-los fisicamente, se estão aptos a viagem e se há presença de comorbidades limitantes. É preciso examinar o transporte onde a viagem ocorrerá, se é adequado a espécie, se tem ventilação adequeada, e calcular a densidade ideal para aquele espaço. Fiscalizar a alimentação e a água ao longo da viagem toda é de suma importância também, e é preciso que um veterinário acompanhe todo o processo para intervir em caso de alguma ocorrência. Assim, é possível que esses animais apresentem o mínimo de bem estar e possam realizar a viagem sem grandes agravantes de estresse.
Em relação as questões econômicas, a exportação de caprinos e ovinos é muito interessante do ponto de vista das relações internacionais, mas também para a valorização da área de produção desses animais, setor crescente no Brasil, e que pode se beneficiar muito com essa atividade. Entretanto, é necessário muito cuidado e deve-se manter um nível de exigência alto para que não haja problemas nessa exportação, visto que isso acarretaria em prejuízos ao bem estar desses animais e pode afetar a imagem do Brasil no exterior, e, consequentemente, futuras relações comerciais.
Para garantir que os animais sejam exportados com padrões de bem-estar adequados, as medidas de fiscalização rigorosas deveriam incluir inspeções pré-embarque feitas por veterinários oficiais (por exemplo, pelos do MAPA), exigências de certificados sanitários e acompanhamento das condições de transporte, como espaço adequado e ventilação, controle sanitário pré-embarque, entre outras ações que estejam em consonância com as premissas de bem-estar animal. Além disso, temos que os impactos econômicos dessa exportação podem ser significativos para o Brasil, na medida em que a exportação de caprinos e ovinos vivos para Omã pode abrir novos mercados e diversificar as exportações brasileiras, impulsionando a pecuária de pequenos ruminantes e gerando novas oportunidades de mercado. Socialmente, isso pode promover desenvolvimento regional em áreas rurais, gerar empregos no setor agropecuário e fortalecer a posição do Brasil como exportador de animais (inclusive vivos).
O transporte de animais vivos é um processo que exige uma série de cuidados em todas as suas etapas para que o estresse gerado nos animais seja o menor possível. Para garantir o bem estar dos animais durante a exportação, devem ser considerados tanto o bem estar físico dos animais como o bem estar mental. O bem estar físico deve ser avaliado com o auxílio de médicos veterinários, que antes do transporte devem realizar uma série de exames que confirmem a ausência de doenças e/ou alterações que possam comprometer a saúde do animal, como um peso abaixo do ideal, presença endo e ectoparasitas, lesões de pele, problemas na locomoção, dentre outros. Além disso, cada animal deve ter um certificado de vacinação atualizado. O número de animais a serem transportados deve ser fiscalizado, pois a densidade populacional no transporte pode ser um fator de estresse para os animais, além de aumentar o risco de brigas e acidentes entre eles. O transporte deve ter ventilação, temperatura e umidade controlados, além de um sistema de iluminação adequado considerando o ciclo circadiano e a fisiologia desses animais. Para avaliar o bem estar mental, é importante monitorar a postura e o comportamento dos animais durante o transporte, tanto individualmente como em grupo. Em minha opinião, a exportação de caprinos e ovinos vivos para o Omã tem um impacto econômico positivo para o Brasil, pois acaba sendo um incentivo aos criadores de pequenos ruminantes brasileiros que, no país, possuem um mercado consumidor reduzido. Além disso, acredito que o impacto social também será positivo para o Brasil, expandindo suas conexões com outros países e estimulando novas relações comerciais.
Para que a exportação de ovinos e caprinos seja realizada da forma mais segura, algumas medidas de fiscalização devem ser implementadas visando o bem estar dos animais. O primeiro ponto importante é a inspeção desses animais antes de seu transporte, sendo que nesse momento devem ser avaliadas contusões e condenações de carcaças, possíveis sinais clínicos suspeitos e as documentações e identificações dos animais antes do embarque, garantindo que estejam saudáveis e livres de doenças. Como o transporte por si só é um fator muito estressante para os animais, é importante também que este seja fiscalizado incluindo o espaçamento adequado para a quantidade de animais, ventilação, temperatura, luz, acesso a comida e água e a duração da viagem. Além disso, é importante que bons profissionais estejam habilitados e treinados para transportar esses animais a fim de realizar o manejo adequado e também que boas estruturas (contenção e rampas) estejam presentes tanto no embarque quanto no desembarque a fim de garantir a segurança dos ovinos e caprinos.
Em relação ao impacto econômico ao Brasil, a exportação de ovinos e caprinos é um grande fomento ao setor agropecuário, o que pode fortalecer o mercado interno de pequenos ruminantes e por consequência incentivar investimentos em infraestrutura e tecnologia. Dessa forma, há um impacto positivo no Brasil ao passo que há uma maior diversificação do mercado interno.
Já em relação ao impacto social ao Brasil, pode-se ter o olhar de duas formas: a de maior geração de empregos nas áreas rurais e a de maior concentração de renda no setor agropecuário brasileiro. Dessa forma, é importante ressaltar que mesmo gerando mais empregos, uma grande parcela da população do campo se encontra em situação de vulnerabilidade, o que possibilita a exploração do agronegócios ao proporcionar condições de trabalho e ambiente precárias, o que por sua vez impacta não somente os trabalhadores, mas também o bem estar dos animais.
As medidas de fiscalização necessarias para garantir bem-estar aos animais é primeiramente ter as documentações adequadas como guia de transporte animal, documento de vacinações (garantir que tenha imunidade contra as doenças mais endêmicas da região que vão se intalar), manejo de pré-transporte para evitar que os animais se estressem, fazer vistorias para verificar as condições dos animais antes de embarquerem, quarentena a fim de monitorar a condiçõe que o anima se encontra quando chegar no outr país (apresenta alguma patogenia, lesão, dor), entre outros documentos e manejo, algo que já é da rotina com gado de corte, mas que é necessária a fiscaização mais rigorosa dentro das propiedades para verificar as instalações, se tem mão de obra quaificada e capacitada e também exigir a documentação juntamente com fiscal para verificar o comportamento dos animais antes de embarcarem. O ideal seria ter fiscais que estejam no aguardo do recebimento do lote dos animais no outro país a fim de garantir o bem-estar destes até a chegada no local definitivo.
Em questão sobre o impacto econômico no Brasil, pode ser considerado como uma abertura de oportunidade com o mercado externo, impulsionando um crescimento no setor agropecuário significativo, pois não será apenas Omã que será o novo consumidor se essa política for um sucesso, mas outros países serão atraídos pelos bons produtos do Brasil. Porém se não tiver uma boa fiscaização que garanta lotes de acordo com o modelo do Certificado Veterinário Internacional (CVI) não será uma boa imagem e marketing para o mercado externo, sendo prejuidicial. Assim, é necessário que tenha bons fiscais dentro do setor para garantir lotes de qualidade, na verdade, muito além disso, é necessário que os animais sejam comerciaizado em boas condições com qualidade de uma vida que mereça ser vivida. Dessa forma, uma vistoria e vigilância rigorosa irá garantir não só sucesso financeiro, mas também bem-estar aos animais, sendo essa última a verdadeira grande preocupação.
Acredito que, além do que muitos colegas já pontuaram, como as questões de fiscalização interna do país, como histórico de vacinação e exame clínico dos animais, para atestar de que estes estão saindo sãos do país, deveríamos ter um médico veterinário habilitado para acompanhar estes animais durante toda a viagem e intervir, em casos de emergência e, também, para assegurar que o transporte e o desembarque respeitem os animais e contribuam para o seu bem-estar.
Não entendo muito de relações internacionais, mas imagino que essa comercialização traga pontos positivos para a esfera social e econômica do Brasil, afinal, é mais um braço de exportação. Porém, por outro lado, fico pensando se a decisão de importar animais vivos não significa que eles não confiem no nosso processo de abate e expedição dos produtos. Ou, se, simplesmente, eles querem aproveitar os subprodutos da carcaça. Enfim, a motivação para tal comércio eu não sei, muito menos as razões pelas quais o Brasil aceitou o acordo. O que eu acho é que, com isso, podemos perder muito controle sobre os processos, biosseguridade, biossegurança, bem-estar dos animais, qualidade, rastreabilidade e inocuidade dos produtos, uma vez que essas viagens longas podem comprometer a saúde física e emocional dos animais. Infelizmente, imagino que não podemos garantir que, até o fim da vida destes animais, eles não irão sofrer ou que terão um fim digno, como prezamos e temos maior controle no nosso país e, por isso, imagino que, do ponto de vista do Bem-Estar Animal, exportar animais vivos não é uma boa ideia.
Uma alternativa mais plausível aos meus olhos seria o Brasil se adequar às práticas de abate de Omã e, ao mesmo tempo, cumprir e garantir o BEA preconizado aqui no Brasil. Dessa forma, conseguiríamos atender este nicho do mercado e garantir com maior segurança, as BPP e BPF durante os processos, assegurando melhor o bem-estar dos pequenos ruminantes e a qualidade, rastreabilidade e inocuidade dos alimentos exportados.
Hoje, no Brasil, sabe-se que há legislações que procuram promover o bem estar dos animais durante seu transporte como priorizar fazer tal trajetória nos horários mais frescos do dia e garantir boa estrutura do transporte para que o animal não sinta dor ou se machuque, por exemplo. No entanto, estamos falando, agora, de um transporte internacional e que requer muitas horas para chegar ao seu destino e, por isso, deve-se ter muito mais legislações vigentes e sua fiscalização para que a viagem seja realizada sem que prejudique o bem estar dos caprinos.
Por isso, na minha opinião, as fiscalizações mais importantes para serem empregadas para que esse trajeto aconteça de maneira a amenizar o sofrimento animal seria o acompanhamento de veterinários durante todo o percurso para garantir que nenhum animal vá doente e também consiga mitigar as perdas e controlar injúrias durante o caminho, fiscalizar aquele quem vai ser o responsável pelo caminho ao analisar o histórico da empresa e fazer treinamento adequado aos trabalhadores para lidar com carga viva e, por fim, garantir a disponibilidade de água, alimentos e boas condições de temperatura.
Acerca os impactos econômicos, o agronegócio conseguirá expandir seu mercado consumidor e também gerar empregos com a nova exportação. Com isso, pode ser que os produtos de origem de caprinos seja popularizado e mais valorizado, expandindo os negócios que hoje ainda são muito pequenos comparado a outros mercados, como os de bovinos e aves. E, quem sabe, esse início de negociação com um novo país abra portas para novos consumidores ao provar a qualidade e integridade dos produtos brasileiros.
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