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Dado o projeto de lei que propõe a eliminação do abate de pintinhos machos no Brasil, quais são as principais vantagens e desafios para implementar tecnologias de sexagem de ovos em larga escala? Como você acha que isso impactará a indústria avícola?
Por muito tempo, o descarte de animais que não se enquadram no sistema produtivo de uma propriedade foi banalizado, porém, hoje, muito se pensa sobre como tratamos esses animais, visto que ao sacrificá-los ainda em vida se comprova a crueldade com os mesmos. Assim, visando o bem estar dos animais, há propostas que buscam minimizar o sofrimento animal. Um desses exemplos é o projeto de Lei 783/24 que visa a implementação de sexagem de pintinhos ainda in ovo para que não seja necessário abate-los em vida.
Com a aprovação dessa lei, haverá muitos benefícios no que se enquadra acerca do bem estar animal, pois dessa forma o sofrimento desses pintainhos poderá ser mitigado. Além disso, aqueles que adotarem essa prática poderão atrair novos consumidores que se preocupam com o bem estar animal, podendo beneficiar economicamente a empresa por aumentar a demanda de seus produtos e diminuir os gastos com insumos durante os primeiros dias de vida daqueles animais que serão descartados no futuro e que, portanto, não darão lucro ao proprietário.
Porém, apesar de ser uma ótima proposta de lei, haverão alguns desafios no decorrer de sua implementação. Alguns desses desafios pode ser a dificuldade de convencer o produtor a investir na tecnologia para a sexagem in ovo. Ademais, a indústria avícola no Brasil se demonstra muito desigual, pois nem todas as propriedades conseguirão arcar com o custo dessa tecnologia já que não é um procedimento barato, por isso é imprescindível apoio fiscal para os pequenos produtores. Além dos gastos com a tecnologia em si, haverá a necessidade de capacitar os funcionários a trabalhar adequadamente dentro da nova realidade.
O equilíbrio entre o bem estar animal e o respeito em relação a práticas religiosas é um assunto muito delicado e complexo. É necessário pensar que os dois aspectos devem ser levados em conta e respeitados quando abordado o assunto. De um lado temos o compromisso com o bem estar animal e do outro, tradições religiosas. Pensar e discorrer sobre o assunto é um dilema ético.
Algumas alternativas possíveis que podem minimizar o sofrimento animal sem desrespeitar as religiões seriam: adoção do método de atordoamento reversível que faz com que o animal fique temporariamente inconsciente, o mantendo vivo até o momento do corte no pescoço. No entanto, algumas religiões não aceitam esse atordoamento, o que torna essa solução insuficiente. Outra coisa que pode ser feita é o melhoramento das técnicas tradicionais como o treinamento eficiente dos funcionários garantindo que a morte desses animais seja a menos sofrida possível, utilizando facas afiadas e métodos de manter esses animais imóveis. Outra terceira alternativa seria estimular as comunidades religiosas e científicas a dialogarem em relação a esse assunto para que juntos possam encontrar uma forma de minimizar o sofrimento animal sem desrespeitar as religiões.
Acredito que essa mudança é uma revolução necessária na avicultura. Mesmo com os desafios, creio que a sociedade está caminhando para práticas mais sustentáveis e éticas, e quem conseguir se adaptar a isso poderá ter um futuro mais promissor, ainda que não seja rápida ou simples a mudança por completo. É uma questão complexa, mas cabe pontuar alguns aspectos, como o fato de que a tecnologia de sexagem de ovos poderia reduzir significativamente o sofrimento animal ao identificar o sexo antes da incubação. Isso seria um grande avanço para o BEA, mesmo que implementar isso em larga escala seja desafiador, envolvendo custos elevados e a necessidade de adaptação de tecnologias em sistemas que já existem há anos no ramo da produção animal. Uma mudança assim, consideravelmente significativa, pode afetar diversos campos da avicultura, como o custo final do produto. É preciso um equilíbrio entre ética e economia. Vale a pena, mas exige esforço conjunto de toda a cadeia produtiva. Menciono, ainda, algumas das vantagens da sexagem de ovos: pode promover o BEA (reduzindo o sofrimento de milhões de pintinhos que, até hoje são descartados logo após o nascimento), trazer prejuízos a longo prazo (concentrar os recursos na criação de fêmeas pode otimizar a produção e trazer resultados mais eficientes) etc. Enquanto isso, alguns dos desafios envolvem os custos (a implementação dessa tecnologia tem um custo inicial alto), a necessidade de adaptação por parte da indústria avícola, entre outros impactos na estruturação de toda mudança.
A prática de descartar pintinhos machos logo após o nascimento é um tema complexo, que levanta questões éticas sobre o bem estar animal, a considerar o projeto de lei levantado que propõe a eliminação do abate dos pintinhos machos. Ao meu ver, é insustentável o mantimento do abate desses animais em prol puramente de facilitar a produção. A introdução de tecnologias de sexagem de ovos representa uma oportunidade significativa para mudar esse cenário. Ao permitir que apenas os ovos de fêmeas (idealmente) sejam incubados, podemos evitar o sofrimento causado pelo descarte, ao mesmo tempo em que aumentamos a eficiência da produção avícola.Posted by: @andre-nogueiraOlá, pessoal. Como conversado em sala de aula, trataremos sobre dois temas relevantes envolvidos na avicultura.
Um deles é sobre o abate de pintinhos de 1 dia e o novo projeto de lei que pretende acabar com essa prática e o outro tópico será a respeito dos métodos de abate religioso, Halal e Kosher.
Dado o projeto de lei que propõe a eliminação do abate de pintinhos machos no Brasil, quais são as principais vantagens e desafios para implementar tecnologias de sexagem de ovos em larga escala? Como você acha que isso impactará a indústria avícola?
Como você vê o equilíbrio entre a classificação do bem-estar animal e o respeito pelas práticas religiosas no contexto dos abates Halal e Kosher? Que alternativas poderiam ser consideradas para minimizar o sofrimento animal sem desrespeitar essas tradições?
Seguem algumas notícias como referência:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2421303https://avinews.com/en/in-ovo-sexing-is-reality-for-animal-welfare/
Essa mudança não apenas alinha a indústria às expectativas dos consumidores preocupados com o bem estar animal, mas tambem pode impulsionar a aceitação do mercado, uma vez que cada vez mais pessoas buscam produtos que respeitem princípios éticos. Portanto, investir em soluções que eliminem essa prática é não apenas desejável, mas essencial para a evolução da avicultura.
Em relação ao fim do abate de pintinhos machos no Brasil, acredito que a indústria avícola enfrentará grandes mudanças, tanto internamente quanto no mercado global. Isso será causado não só por essa nova regra, mas também pela adoção de tecnologias de sexagem in-ovo como alternativa para resolver o problema. Esse avanço representa um marco importante para o bem-estar animal, além de melhorar o aproveitamento de recursos, tempo e dinheiro nas incubadoras. Ao identificar os machos antes do 13º dia de incubação, eles são descartados sem dor, evitando também custos extras ao interromper a incubação antecipadamente.
Porém, é essencial lembrar que, embora essas tecnologias tragam benefícios evidentes, seu custo de implementação é alto e elas ainda não estão disponíveis no Brasil. Assim, é preciso agir com cautela. Não adianta proibir o abate de pintinhos com um dia de vida sem ter antes uma solução viável e economicamente acessível que permita o descarte antecipado. Além disso, simplesmente forçar os produtores a seguir a lei não é suficiente; é necessário educar a população sobre a importância do bem-estar animal, o que torna essas iniciativas tão necessárias e urgentes.
Comentário sobre o Projeto de Lei que proíbe o abate de pintinhos machos de um dia:
As vantagens com a implementação de tecnologias de sexagem in-ovo estão relacionadas principalmente em evitar dor e sofrimento dos pintinhos machos recém-eclodidos, uma vez que as formas que estes são descartados pela indústria avícula de criação de poedeiras acabam por ir de encontro com os principais da vida e bem-estar destes animais, então a implementação desse novo modelo de sexagem seria um grande alavanque para o bem-estar animal no sistema de criação de poedeiras. Quanto aos desafios creio que estão relacionados principalmente a aquisição das tecnologias para realizar o processo de sexagem in-ovo, a qual muito provavelmente seria de mais fácil aquisição por parte de grandes empresas da avicultura, além disso pode ser que haja empresas que relutem em implementar essas novas tecnologias.
A mudança de manejo de pintinhos machos eclodidos na criação de poedeiras, bem como a redução do número de ovos que seriam incubados nesse sistema. Pode-se dizer também que com passar do tempo desta implementação é possível que haja uma mudança de visão quanto ao bem-estar destas aves dentro do próprio sistema de criação.
A sexagem em ovo como uma alternativa ao descarte de pintinhos machos é um importante passo para reduzir o sofrimento dessa categoria, tendo em vista que os métodos utilizados para o descarte dos pintinhos machos são eletrocussão, trituração e sufocamento. Porém, não considero a sexagem como uma solução, pois para os grandes produtores o importante é ter uma alta produção com baixo investimento para ter o maior lucro possível. Dessa forma, a principal dificuldade para a aplicação da prática de sexagem é educar o produtor para que faça sentido para ele fazer um alto investimento para ter a estrutura, profissionais capacitados e tecnologia de sexagem dos ovos.
Entre as principais vantagens da implementação de tecnologias para sexagem de ovos temos: respeito ao bem-estar animal, fim do sofrimento inecessário aos pintinhos por lucro do produtor, aumento de conhecimento técnico e aumento do valor de ovos fertilizados pela garantia do sexo do feto.
Entre os desafios podemos encontrar: Alta tecnificação, manutenção de equipamentos, estabelecimento de pessoal treinado para acompanhamento do processo todo e limitação na quantidade de ovos per equipo (sendo desfavorável para produtores em massa)
Pensando na questão do bem-estar, considero que esta lei poderia incitar a conscientização de produtores para serem mais atentos as necessidades e sentimentos dos animais, no entanto visualizando que a maioria de produtores na indústria avícola se importam com o lucro ante tudo o restante, a implementação desta lei gerara uma controvérsia de parte dos produtores devido ao custo envolvido.
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