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[Sticky] Discussão Notícias

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(@paula-martins-coelho)
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Algumas das práticas de encaminhamento dos bezerros machos na cadeia de produção leiteira, incluem o descarte desses animais através do abate, que em muitas propriedades é feito sem a garantia da insensibilização ou atordoamento do animal, sendo deixado agonizando. Em outros casos, denúncias mostram que esses bezerros tem sido transportados sem ainda estarem resilientes, e sem ao menos terem consumido o colostro materno de forma correta, deixando o animal com prejuízo no status imunológico e com grandes chances de mortalidade já que não são capazes de responder a desafios infecciosos.   

Esse contexto é de extrema crueldade e degradação da vida animal, ameaçando em todos os níveis o bem estar desses animais. 

A discussão a respeito de medidas que possam combater essa crueldade ainda são escassas na sociedade, porém em algumas propriedades são adotadas ações em que os bezerros machos são doados para fazendas vizinhas, ou ainda destinados ao mercado da carne. Já ações mais tecnológicas como a sexagem do sémem ainda não ganharam tanta força no Brasil, já que representa uma biotecnologia da reprodução que envolve um alto custo para muitos produtores e pode apresentar baixas taxas de eficácia caso não seja combinado com boas técnicas de manejo reprodutivo. Dessa forma, para combater as práticas que ameaçam a integridade dessa categoria animal, pode -se pensar no papel de diferentes figuras acerca das decisões mais relevantes a serem tomadas por cada setor da sociedade. 

É papel da indústria responder ao que os consumidores exigem, comprovar a origem dos produtos e mostrar transparência nos procedimentos adotados ao longo de toda linha de produção, sendo condizente com as normativas de bem estar animal e garantindo ações humanitárias ao decorrer de toda produção. Logo, deve obter sua matéria prima de propriedade que esteja condizente com essas mesmas diretrizes, criando assim uma pressão sobre os produtores a respeito do manejo que adotam em sua produção. 

Já por parte do governo, é esperado que realize embargos ao detectar que dentro da grande indústria existem irregularidades. Devem expor aos diferentes elos da cadeia de produção as alternativas que existem para melhorar as práticas com os animais.  

E no que diz respeito aos consumidores, fazem parte da grande parcela que pode exigir através da pressão social, que mudanças de fato ocorram na cadeia produtiva. É notável que nas últimas décadas os consumidores se tornaram, em grande parte, mais exigentes com aquilo que consomem, buscando entender qual origem, segurança sanitária e aspectos humanitários envolvidos na produção. Por isso, essa mudança do perfil dos consumidores abre espaço para mudanças e combate às práticas de crueldade animal.

 


   
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(@erica-oliveira)
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Joined: 2 months ago
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A produção leiteira visa aumentar a produtividade, por meio do manejo, alimentação, genética em que a fêmea produz quantidades absurdas de litros de leite por dia. Para isso, aqueles em que a produção torna-se baixa são descartados (termo comumente usado e que traduz a insensibilidade para com um animal que beneficia por toda a vida com sua produção leiteira o produtor, e que no fim da vida esse mesmo animal é tratado com descaso) e substituídas por novilhas. De modo que há uma predileção por fêmeas bezerras em detrimento dos machos. A situação apresentada nas notícias sobre o manejo inadequado em relação aos bezerros machos é um absurdo, tendo em vista os aspectos tecnológicos e de desenvolvimento genético poderiam ser melhores explorados para garantir uma qualidade de vida e bem-estar para essa categoria. Pensando em termos legais, o projeto de lei nº 210 /2023, é necessário para garantir o cumprimento dos requisitos básicos para o bem-estar, porém se faz necessária a participação do consumidor que para isso precisa ser instigado a pensar fora de sua zona de conforto a partir do conhecimento sobre a realidade das feitas das leiteiras, e com isso exigido da indústria um posicionamento, esta por sua vez tende a procurar alternativas quando pressionada por seus consumidores. Essas alternativas são o sêmen sexado, preferindo por animais de dupla necessidade, maior período de lactação (que na minha opinião é o mais complicado, já que atualmente existem preferências por tempos entre partos cada vez menores).

This post was modified 3 weeks ago by Erica Oliveira

   
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(@barbaravo)
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O descarte de bezerros machos na produção leiteira reflete uma prática que frequentemente negligencia o bem-estar animal, pois eles são vistos como “sobras” de um sistema focado nas fêmeas lactantes. Para tornar a criação desses animais mais ética e sustentável, uma alternativa é implementar práticas que integrem o uso de bezerros machos na cadeia de produção de maneira benéfica para o produtor e mais alinhada com as expectativas de bem-estar dos consumidores.

Uma possível abordagem é direcionar os bezerros machos para a criação de carne sustentável. Isso exigiria o apoio da indústria em termos de subsídios ou incentivos financeiros, viabilizando que os produtores invistam em instalações e cuidados adequados. Essa prática promoveria o bem-estar dos animais e forneceria um retorno econômico ao produtor, criando um ciclo mais sustentável. Outra alternativa seria investir em pesquisas e tecnologias que favoreçam o uso de sêmen sexado, permitindo que nasçam menos machos em operações leiteiras. Embora essa técnica ainda seja cara, incentivos governamentais poderiam facilitar seu uso em larga escala.

O governo tem um papel essencial na regulamentação e na promoção de práticas de bem-estar animal. Ele pode, por exemplo, estabelecer normas que limitem o transporte precoce de bezerros ou que assegurem cuidados mínimos aos machos nas fazendas leiteiras. Além disso, políticas que promovam incentivos financeiros para práticas de bem-estar podem facilitar a adoção de métodos como o uso de sêmen sexado, contribuindo para mudanças estruturais na indústria.

Por fim, o papel dos consumidores é igualmente importante. A conscientização dos consumidores sobre a origem dos produtos lácteos e suas práticas de produção pode gerar pressão sobre a indústria para adotar práticas mais éticas. Selos de bem-estar animal e certificações que indiquem o cumprimento de práticas sustentáveis de criação são uma maneira de engajar consumidores na promoção de um sistema mais ético. Essa combinação de ações pode levar a um futuro em que o nascimento de bezerros machos não seja visto como um problema, mas como uma oportunidade para melhorar a sustentabilidade e o bem-estar no setor leiteiro.


   
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(@ana-paula-christofaro-romani)
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Primeiramente, é notável que a situação vivida pelos bezerros , tanto femeas como machos, da Danone é preocupante chamando a atenção para a implementação de leis que impeçam esse tipo de cenário e ainda para o desenvolvimento de alternativas para os machos da produção leiteira.

Existem diversos procedimentos tecnológicos usados hoje em dia para evitar que os bezerros leiteiros nasçam no sexo masculino, sendo o maior exemplo o uso de sêmen sexado, contudo mesmo nessa metodologia ainda é possível que nasçam machos e mesmo que esses não tenham um potencial de retorno financeiro eles devem ter bem-estar e saúde garantidos, sendo que para isso o governo poderia desenvolver uma lei que garantisse bem-estar e evitasse qualquer descuido com esses animais.

Após o nascimento de um macho o bem-estar e os cuidados com esse animal devem ser garantidos até que não haja um destino para eles, isto é acontecimentos como os ocorridos na Danone em que os machos foram alimentados com resto de colostro e ainda alocados em locais desconfortáveis devem ser inaceitáveis e ainda com punições aos produtores, além disso acredito que deveriam existir programas de conscientização do bem-estar dos animais.

Um possível destino para esses machos é para a produção de carne, onde eles teriam uma utilidade com retorno econômico e ainda receberiam cuidados necessários, outra alternativa é a doação para pequenos produtores e agricultura familiar que poderiam dar diversas utilidades para esses animais como tração ou algo do tipo , claramente nessa situação os pequenos produtores devem receber informações sobre bem-estar.

Por fim, acredito que além de leis e punições que poderiam ser aplicadas pelo governo , também é importante que as indústrias e os consumidores hajam de certa forma que o bem-estar seja sempre garantido, como por exemplo, as indústria demonstrando transparência em relação a sua produção e sempre prezando e valorizando o bem-estar dos animais envolvidos e os consumidores sempre prezando pelo consumo de empresas que forneçam esse bem-estar e além dos mais negando empresas que não possuem essa atitude.


   
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(@luiza-goncalves-ferreira)
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O sistema de produção de leite é uma cadeia produtiva que visa como produto principal o leite, e como um segundo produto importante, bezerras para reposição das matrizes. Infelizmente, nessa cadeia produtiva, o nascimento de um bezerro macho é considerado uma perda para o produtor, visto que esse animal não se enquadra em nenhum dos dois produtos supracitados. Como uma triste consequência, os bezerros machos recebem pouca ou nenhuma atenção no sistema leiteiro, estando incluso nessa atenção os seus direitos de bem-estar.

O caso reportado na notícia da Danone nos trouxe um tópico de extrema importância: a seguridade dos direitos dos animais no setor leiteiro. É fato que, como todo sistema produtivo, o foco principal é seu produto primário - que no caso desse sistema em específico, é o leite. E infelizmente, a crueldade encontrada pela ONG Sinergia na cadeia de alimentação da Danone é uma prática comum em muitas fazendas. É de partir o coração ver bezerras, seres sensíveis e curiosos, confinadas em estreitas gaiolas, privadas de seus instintos mais básicos, como explorar o ambiente e socializar com outras de sua espécie. Essa prática cruel, comum no setor leiteiro, ignora o sofrimento intenso desses animais. Além disso, a descorna, realizada muitas vezes sem anestesia adequada, causa dor aguda e estresse, mutilando essas criaturas e violando seus direitos básicos. Ademais, o descaso com bezerros machos também está enraizado nas fazendas de produção. Todas as situações abordadas nas notícias, que envolvem desde o não fornecimento de colostro até o abate inadequado são práticas cruéis e tragicamente comuns.

O Governo deveria ser mais rigoroso quando se trata de bem-estar na cadeia de produção animal como um todo. Um país que é - por muitos - considerado o "celeiro do mundo" deveria minimamente se importar com a dignidade dos animais que aqui são criados/produzidos. Uma forma de minimizar o sofrimento dos bezerros machos do setor de produção leiteira é a destinação ao setor de corte, que embora a raça/categoria animal não seja selecionada para tal, também é possível que haja a comercialização de carne proveniente deles. O governo deveria implementar normas que assegurem a sobrevivência adequada desses animais, subsidiando os pequenos produtores, se necessário, para que seja assegurado o fornecimento de colostro adequado e sua alimentação correta até a destinação do setor de corte. Outra forma de minimizar o sofrimento é o uso de sêmen sexado, que atualmente possui uma boa taxa de acertividade na sexagem para o sexo feminino.


   
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(@beatriz-gazoli-martins)
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Os bezerros machos, em vez de serem descartados, poderiam ser direcionados para programas de engorda em sistemas de produção de carne. Além disso, acho que investir em tecnologias que permitam uma maior proporção de nascimento de fêmeas poderia reduzir o problema a longo prazo. Embora essa tecnologia ainda esteja em desenvolvimento, tem potencial para minimizar o número de machos "descartados".

 

O governo deve implementar políticas que incentivem práticas éticas, oferecer subsídios para fazendas que adotem sistemas sustentáveis e promover fiscalização sobre o tratamento de bezerros nas fazendas leiteiras.

A indústria pode apoiar iniciativas que valorizem a carne de bezerros machos criados de forma sustentável, integrando-os à cadeia de valor. 

Por fim, os consumidores, por aumentar a demanda por produtos lácteos e carne de procedência ética, pode forçar o setor a adotar práticas mais responsáveis. Ao escolher produtos com certificação de bem-estar animal, o consumidor contribui para a pressão sobre a indústria e impulsiona mudanças.


   
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(@ana-luiza-peraro-mattos)
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Joined: 2 months ago
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  A vantagem principal é o fato que a adoção dessa prática se mostra como resolução da problemática enunciada, com a sexagem, práticas voltadas ao bem-estar são adotadas, evitando esbarrar com questões éticas de manutenção da vida. Além disso, a eficiência, e maior produtividade também são fatores vantajosos, permitindo que não seja mais necessária a etapa de abate dos animais machos, aumentando a rentabilidade. E por fim, outra vantagem que pode ser citada é o investimento em inovações tecnológicas que abrem portas para novas oportunidades e investimentos nessa área. Os desafios para implementação dessa técnica engloba o custo para a implementação dessas tecnologias e infraestruturas relacionadas. Além disso, as novas demandas de mão de obra qualificada e treinada para realização dessas práticas se apresenta como desafio também. Como toda alteração em um mercado estabilizado e de alta escala, o impacto na indústria avícola inicial principalmente é a aceitação da adoção dessas novas práticas. Porém, assim que estabilizadas, essas técnicas trarão benefícios espetaculares para a avicultura, que passará a alinhar suas atividades com práticas que visam o bem estar animal, podendo ter impacto, por conseguinte, nos ideais éticos dos consumidores finais em relação à produção animal.


   
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(@juliagil)
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Joined: 1 month ago
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A análise da situação na bovinocultura leiteira destaca o descaso em relação ao nascimento de bezerros machos, que muitas vezes são tratados como economicamente irrelevantes. Essa negligência demonstra a necessidade urgente de investir em alternativas que promovam a saúde e o bem-estar desses animais. Tecnologias e práticas que considerem a ética no tratamento dos bezerros são essenciais para melhorar as condições de sua criação.

Entre as alternativas viáveis, algumas medidas poderiam incluir o uso de sêmen sexado, raças de duplo propósito e o prolongamento do período de engorda, além da doação de bezerros machos para pequenos produtores, como já ocorre no Laboratório de Pesquisa em Bovinos de Leite de Pirassununga. Contudo, esse tipo de ação requer também iniciativas de conscientização para que pequenos produtores adotem práticas de bem-estar animal de maneira eficaz e responsável.

O governo tem um papel crucial em fortalecer a fiscalização do cumprimento das leis e em fornecer informações aos pequenos produtores, destacando os impactos positivos que o manejo adequado dos bezerros machos pode trazer. Além disso, deve-se conscientizar a população sobre a importância de priorizar produtos de empresas que seguem as normas de bem-estar animal, valorizando práticas mais sustentáveis e éticas.

Por fim, o consumidor exerce uma influência significativa sobre a indústria, pois, ao questionar as práticas adotadas, ele incentiva as empresas a se adequarem a padrões mais éticos. Sem essa pressão, dificilmente as indústrias buscarão mudar sua abordagem, uma vez que questões financeiras ainda são o principal fator para impulsionar mudanças no setor. Dessa forma, essa combinação de esforços entre indústria, governo e consumidores é fundamental para que os bezerros machos tenham uma vida mais digna e o bem-estar animal se torne uma prioridade na produção leiteira.


   
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(@joao-pedro-dutra-marquesini)
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Posted by: @andre-nogueira

Após se ler esse material, quero que vocês discutam esta questão, por favor:

Considerando o atual modelo de produção de leite, em que frequentemente os bezerros machos são descartados ou submetidos a práticas que limitam o bem-estar animal, quais alternativas poderiam ser viáveis para integrar esses animais de forma mais ética e sustentável? Que papel a indústria, o governo e os consumidores poderiam desempenhar para fomentar mudanças nesse cenário?

A atual condição dos bezerros machos na indústria de leite é deplorável. Considerando que são frequentemente descartados ou maltratados. Para integrar esses animais de forma ética, é crucial implementar alternativas como a criação de bezerros machos para carne e a diversificação da produção, além de melhorar o manejo por meio de capacitação dos produtores. A adoção de tecnologias para monitorar a saúde e o bem estar dos bezerros também é essencial.

Com relação ao papel de cada pilar da rede de consumo: a indústria deve estabelecer políticas de bem estar animal e buscar certificações que garantam práticas éticas em toda a cadeia produtivs, evitando o descarte de bezerros machos. O governo deve reforçar regulamentações que protejam os direitos dos animais e oferecer incentivos para práticas sustentáveis. Por fim, os consumidores devem ter o bom senso de optar por produtos que respeitem o bem estar animal e ao promover a conscientização sobre o impacto de suas escolhas. A colaboração entre a indústria, o governo e os consumidores é fundamental para criar um sistema de produção mais justo e humano.

   
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