FORUM

Notifications
Clear all

[Sticky] Discussão Notícias

69 Posts
69 Users
0 Likes
178 Views
(@beatriz-ferreira-franchi)
Active Member
Joined: 2 months ago
Posts: 5
 

Como já se sabe, é muito comum em um sistema que visa a máxima capitalização do lucro negar aquilo que não proporciona seu enriquecimento, sem pensar no outro principalmente ao se tratar de um animal, e que também se aproveita do distanciamento da sociedade acerca o agronegócio para não necessitar propor mudanças. Com base nisso, a indústria leiteira não é diferente uma vez que ao nascer um bezerro macho, este não agregaria positivamente ao sistema produtivo e só geraria gastos, segundo os proprietários.

 

No entanto, o que pouco se discute é a possibilidade de poder integrar esses bezerros machos no sistema de produção, como por exemplo, o fornecimento de carne. Ou seja, por mais que a raça leiteira, como as holandesas, não tenham sido selecionadas para o bom desenvolvimento de carne, ainda sim é possível haver lucro em cima de tal possibilidade se houver bom manejo e condições adequadas de bem estar animal.

 

Ademais, é necessário ressaltar que mudanças não ocorrem instantaneamente e que, além disso, as mudanças só ocorrem quando esse tipo de discussão seja de conhecimento público, fazendo com que a sociedade busque consumir produtos de empresas que prezam pela ética e sustentabilidade já que entendem o quão importante é fornecer aos animais uma condição de bem estar e dignidade em vida. 


   
ReplyQuote
(@julia-de-paula)
New Member
Joined: 4 weeks ago
Posts: 2
 

A investigação sobre fazendas fornecedoras de leite para a Danone no Brasil revelou graves problemas de bem-estar animal, como o confinamento excessivo e a realização de mutilações sem anestesia. Os bezerros machos, que muitas vezes são descartados devido à baixa rentabilidade, enfrentam condições de alimentação inadequada e transporte precário para o abate.

Para integrar os bezerros machos de maneira ética e sustentável, práticas alternativas como o desenvolvimento de programas de engorda desses animais para a produção de carne poderiam ser implementadas, reduzindo o descarte e promovendo o bem-estar. A indústria poderia investir em tecnologias e práticas de manejo humanizadas; os governos, por sua vez, poderiam criar incentivos para práticas sustentáveis e regulamentações que restrinjam práticas abusivas. Consumidores também têm um papel importante, priorizando produtos de empresas com compromisso com o bem-estar animal e sustentabilidade.


   
ReplyQuote
(@beatriz-e)
New Member
Joined: 2 months ago
Posts: 3
 

Diante da realidade apresentada nas notícias, fica claro que há uma grande falha no quesito de bem-estar animal em bezerros leiteiros machos. Como bezerros machos não possuem retorno lucrativo para as empresas, é comum que as mesmas priorizem as fêmeas e deixem os machos de lado, restringindo o consumo de colostro, com descuido em transporte, realizando abate mal feito, curativos mal feitos, etc. O descaso com esses animais na indústria leiteira da Danone (e possivelmente em outras empresas de lacticínios) é revoltante e demonstra a necessidade urgente de medidas que garantam a efetividade do bem-estar animal nesses locais.

Algumas alternativas para o descarte de bezerros incluem sêmen sexado, o qual reduziria muito a quantidade de machos nascidos (porém alguns consumidores são contra a prática), cria de machos com dupla aptidão para a indústria de carne (o qual necessita de mais espaço da propriedade), prolongamento do período entre partos (o que diminui machos, porém também diminui as fêmeas de reposição) e, como mencionado por meus colegas, a doação de machos para pequenos produtores. Nessa perspectiva, a indústria deve adotar medidas que priorizem a saúde e bem-estar animal, o que ajuda os animais e também a própria empresa, já que os consumidores valorizam essas práticas. Ademais, o governo teria papel de aumentar a fiscalização de lacticínios e criar novos projetos de lei abrangendo as novas possibilidades que substituem o descarte, claro sempre visando uma alternativa possível e facilitando-a para o produtor. Por sua vez, o consumidor deve pesquisar as empresas que consome e apoiar aquelas que cumprem com as leis e garantem o bem-estar animal, fortalecendo empresas que respeitam a saúde animal.


   
ReplyQuote
(@alice-alvarenga)
Active Member
Joined: 2 months ago
Posts: 5
 

A notícia apresentada denunciando as práticas na fábrica da Danone mostra que essas práticas horríveis com os bezerros machos não são casos isolados e, sim, um problema sistêmico dentro da cadeia de produção leiteira. Como médicos veterinários e cidadãos que se importam com o bem-estar desses animais, urge pensa alternativas que promovam utilização mais ética desses animais, uma vez que a vida animal tem importância não só apenas para o que nos servem mais também no que são. Assim, uma alternativa viável (aplicada até mesmo no Laboratório de Pesquisa de Bovinos de Leite LPBA) seria a doação dos machos para pequenos produtores;

Outra alternativa viável seria a utilização dos machos para a produção de carne por meio de melhoramento genético e adoção de programas de engorda (programa aplicado com sucesso na Nova Zelandia). Essa medida permitiria aumento do ganho econômico para os produtores uma vez que não se teria que descartar o macho. No Brasil, essas práticas acarretariam melhoras significativas na cadeia de produção além de colocar o país em destaque no que tange boas práticas e BEA. 

Por fim, a utilização de sêmen sexado (alternativa mais cara, porém que traria maior retorno financeiro a longo prazo),[quote , tonando-o mais acessível para produtores permitiria a redução de nasicmento de bezerros machos, reduzindo de foma significativa a prática de abate, e tornando a cadeia mais ética.

Portanto, a aplicação de políticas públicas por parte do governo federal seria essencial na pecuária leiteira para o estabelecimento dessas ideias citadas acima. Seriam usadas no setor de produção (voltada ao prórprio produtor e também para as indústrias). Entretando, seria fundamental parceiria com ONGs para que a população leiga (os consumidores) tomassem conhecimento da realidade e se sensibilisassem diante do cenário, exigindo mudanças na cadeia produtiva). Quando os consumidores exigem produtos que respeitam padrões de bem-estar animal, eles incentivam o setor a adotar práticas mais éticas. Essa transparência seria um incentivo para mudanças positivas.

 

 

 


   
ReplyQuote
(@maria-paula-andrade-jaramillo)
Active Member
Joined: 2 months ago
Posts: 5
 

El tratamiento de los terneros machos en la industria láctea plantea un desafío importante, pero existen alternativas viables para integrar estos animales de manera más ética y sostenible. Una opción es adoptar sistemas de agricultura regenerativa que permitan a los terneros ser criados para diversos fines, como la producción de carne sostenible o como animales de trabajo en sistemas agroecológicos. Además, fomentar modelos de producción diversificada puede ayudar a que los terneros machos sean valorados dentro del ciclo productivo, evitando su descarte. También es crucial ofrecer incentivos para que los productores exploren fuentes de ingresos alternativas, como el ecoturismo o la educación sobre bienestar animal. La inversión en tecnologías de reproducción que permitan el control del sexo de los terneros podría minimizar el nacimiento de machos, garantizando un trato humanitario para aquellos que sí nazcan.

En este contexto, la industria tiene un papel fundamental. Debe implementar políticas de bienestar animal en toda su cadena de suministro, asegurando que se brinden cuidados adecuados a los terneros machos. Promover la transparencia en las prácticas de producción es esencial para que los consumidores tomen decisiones informadas, así como invertir en educación y capacitación para productores sobre mejores prácticas de manejo. Por su parte, el gobierno puede contribuir creando legislación más estricta que proteja el bienestar animal, ofreciendo incentivos fiscales para prácticas sostenibles y promoviendo campañas de concienciación sobre la importancia del bienestar animal.

Finalmente, los consumidores juegan un papel crucial al optar por productos de marcas que priorizan prácticas éticas, apoyando así la demanda de mejoras en la industria. El compromiso y activismo de los consumidores, junto con la búsqueda de información sobre la procedencia de los alimentos, pueden fomentar un diálogo significativo sobre la necesidad de un tratamiento humano hacia los animales. En conjunto, la colaboración entre la industria, el gobierno y los consumidores es esencial para avanzar hacia un modelo más ético y sostenible que integre a los terneros machos de manera responsable.


   
ReplyQuote
(@dirceu-matheus-freitas-virtuoso)
New Member
Joined: 3 weeks ago
Posts: 2
 

A questão do descarte de bezerros machos na produção de leite levanta preocupações éticas e de sustentabilidade que têm ganhado visibilidade nos últimos anos. A produção de leite é muitas vezes vista como um sistema que atende apenas à necessidade de fêmeas, as futuras vacas leiteiras, enquanto bezerros machos, não adequados para produção de leite, acabam sendo descartados ou redirecionados para outras indústrias, como a de carne, sob condições que nem sempre garantem o bem-estar animal. Diante disso, alternativas que integrem esses animais de forma mais ética e sustentável são não apenas desejáveis, mas também fundamentais para a evolução da indústria. Uma das estratégias mais promissoras é a sexagem do sêmen, técnica que permite determinar o sexo dos bezerros antes da concepção, aumentando a chance de nascimento de fêmeas. Isso reduz a produção de machos sem mercado ou função definidos na produção leiteira, mitigando o problema do descarte. A sexagem do sêmen tem sido usada com sucesso em várias fazendas e, embora represente um investimento inicial significativo, vem se tornando mais acessível conforme a tecnologia evolui. Em um cenário ideal, essa técnica poderia não apenas reduzir o número de bezerros machos sem destino, mas também permitir um uso mais racional dos recursos da fazenda, já que as fêmeas podem ser direcionadas para a reposição do plantel.

Entretanto, é preciso considerar que a sexagem do sêmen não resolve completamente a questão. Há também a possibilidade de criar programas de integração desses bezerros em sistemas de produção de carne mais éticos e sustentáveis, como modelos de boi orgânico ou de sistemas agroecológicos, onde esses animais poderiam ser criados em ambientes que respeitam seu bem-estar. Além disso, algumas propriedades têm explorado a produção de bezerros cruzados com raças de carne, o que aumenta o valor econômico desses animais ao longo da cadeia produtiva, permitindo que sejam aproveitados com maior dignidade. Portanto, é preciso adotar um conjunto amplo de estratégias que abordem a sustentabilidade e o bem-estar animal de forma holística. Neste cenário, o governo precisa agir não só regulamentando e incentivando o fim destas práticas, mas também fiscalizando e punindo propriedades que não respeitem o bem-estar dos animais em suas cadeias produtivas. Os consumidores também têm um papel decisivo, pois a demanda por produtos éticos pressiona a indústria a buscar mudanças. Com escolhas de consumo mais conscientes, eles podem incentivar a adoção de práticas de manejo que integrem melhor os bezerros machos, fortalecendo o apelo por uma cadeia produtiva que combine eficiência econômica com responsabilidade social e ambiental.


   
ReplyQuote
(@ana-julia-do-vale-madureira)
Active Member
Joined: 2 months ago
Posts: 5
 

Além das alternativas já trazidas por muitos dos meus colegas, como as ações governamentais (por exemplo, incentivos fiscais para produtores que garantam práticas de bem-estar e humanitárias; e aplicação mais assertiva de legislação específica para este assunto) e iniciativas privadas (por exemplo, certificações e selos, devidamente auditados e de verídica garantia que agreguem valor aos produtos), gostaria de pontuar que a grande chave para a solução de problemas desse tipo é o mercado e, mais especificamente, os consumidores. Por isso, julgo importantíssimo trazer essas questões para a mídia, de forma acessível ao público geral e ensinar a população a buscar fontes, selos e empresas confiáveis. As pessoas precisam entender o que é o ideal de um fornecedor para saber cobrá-lo. Não podemos normalizar essas práticas de crueldade e, muito menos, deixar que a alienação vença por cobrar mais barato. Deveria ser direito exercido dos consumidores ter transparência das marcas e ter rastreabilidade de seus produtos. Esse tipo de informação não deveria ser considerada "luxo", deveria ser apenas normal. Infelizmente, hoje em dia, para ter acesso e conhecimento sobre as boas práticas da cadeia produtiva, precisamos pagar a mais por isso e sabemos que a questão socioeconômica do país é complicada. Em busca de baratear o produto final e de aumentar seus lucros, dádiva das tecnologias modernas, muitos produtores veem o bem-estar animal como inimigo e os bichinhos acabam sofrendo as consequências desse sucateamento dos produtos de origem animal. 

Dessa forma, como médicos veterinários, nos vemos em um dilema muito complicado: de um lado, precisamos pensar no produtor e ajudá-lo a criar seus animais de forma digna e respeitosa e ainda garantir que o próprio e sua família também vivam bem; e, de outro, temos uma população socioeconomicamente vulnerável e precisamos proporcioná-la acesso à alimento de qualidade e assegurar sua nutrição. Para mim, o equilíbrio desta balança apenas será alcançado por meio da educação. Educação para os produtores. Educação para os consumidores. Precisamos de transparência e informação de qualidade nessa cadeia. É isso que falta na minha opinião. E é isso em que a veterinária deveria mobilizar mais esforços e ganhar maior visibilidade. Precisamos nos mostrar e ser reconhecidos como educadores. 

Acredito que, neste intermédio entre produtor e consumidor, as grandes empresas também têm papel fundamental, garantindo, através de veterinários treinados e capacitados, que seus fornecedores seguem as boas práticas e que os animais são criados, tratados e mortos com dignidade, através das muitas ideias que meus colegas listaram anteriormente.  


   
ReplyQuote
(@raiane-emy-aikawa)
New Member
Joined: 1 month ago
Posts: 4
 

O tema de abate de bezerros machos continua como uma das principais discussões de bem-estar na bovinocultura leiteira, assim como a criação individual de bezerros e a ausência de contato materno. Estudos recentes realizados no Brasil exploram a percepção dos fazendeiros sobre a prática e indicam a dificuldade que os produtores enfrentam em realizar a redução dos animais, da mesma forma que o custo de criar os bezerros machos atualmente gera mais perdas econômicas do que benefícios. Além da falta de incentivo na forma de políticas públicas e da dificuldade de acesso às práticas como a sexagem de sêmen e a inseminação artificial com raças de exclusão para corte. 

A principal solução para o problema que envolve o bem-estar dos animais é a criação de políticas públicas para permitir o acesso à inseminação artificial e sêmen sexado para reduzir o nascimento de machos na produção leiteira, da mesma forma que o animal pode ter maior valor para a produção de carne, gerando renda para a propriedade. Neste sentido, é necessário o maior conhecimento dos consumidores sobre as práticas realizadas na criação de animais para que haja a demanda de promoção de políticas públicas que beneficiem produtores de pequeno e médio porte, junto ao bem estar animal. As mudanças envolvem a educação sobre a forma que se produz alimentos e o impacto que produzem nas pessoas e animais que estão presentes na cadeia de produção.

Referência: RODRIGUES, GV Conhecimento e Atitudes De Produtores De Leite Em Relação Ao Bezerro Macho Leiteiro. Hotzel, MJ; Cardoso, CS 2021. 65 p. Dissertação De Mestrado - Agroecossistemas, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, 2021.

This post was modified 3 weeks ago by Raiane Emy Aikawa

   
ReplyQuote
(@amanda-lofrano-porto)
New Member
Joined: 2 months ago
Posts: 3
 

O descarte e descaso com os bezerros machos na indústria leiteira reflete uma visão tradicional produtivista que considera apenas o lucro e pragmatismo como norteadores das ações do agronegócio, a qual encontra espelhos em diversas práticas dentro da produção animal. Trata-se de um enorme problema ético e moral que exige a adoção de alternativas e conscientização de toda a cadeia, não bastando apenas que um elo se adapte. Incialmente, considero importante o papel do governo em exigir a adoção de práticas que considerem o bem-estar desses animais como ponto chave da produção, sustentada pela correta fiscalização e rastreabilidade dos produtos. Algumas alternativas que poderiam ser implementadas incluem:o uso de sêmen sexado (para reduzir a taxa de nascimento de bezerros machos, e, portanto, reduzir a necessidade de destinação desses animais após o nascimento), destinação para sistemas de recria e engorda a pasto, seleção genética para reduzir a agressividade dos animais de modo que possam persistir por mais tempo nas fazendas, e a doação dos animais para outros produtores. Para isso, no entanto, é necessário garantir a conscientização de todos os setores envolvidos na produção, bem como incentivo público (seja na forma de financiamentos, fomentos à pesquisa, extensão rural, etc) para que as boas práticas no bem-estar animal alcancem todos os produtores, e que eles possam adotar práticas mais modernas (como sêmen sexado e insaminação artifical). 


   
ReplyQuote
(@gabriela-rodrigues-evangelista-brandao)
New Member
Joined: 2 months ago
Posts: 4
 

Levando em conta que apenas o bem estar e o fato dos animais merecerem uma vida digna não é o suficiente para impedir que práticas absurdas como essas lidas nas reportagens, uma alternativa seria direcionar esses animais para a produção de carne e carne de qualidade. Dessa forma, além desses bezerros terem um destino mais digno, dentro do possível, seria uma forma de melhor aproveitar os recursos da cadeia produtiva. A indústria poderia oferecer suporte técnico e financeiro para os produtores que decidirem destinar seus bezerros para o corte; o governo poderia conceder incentivos fiscais ou subsídios para que os produtores adotem essas práticas.

Não devemos deixar de destacar a importância da pesquisa genética. Por meio de investimentos nessa ciência, talvez fosse possível, dentro do gado leiteiro, termos aptidão para a produção de carne, tornando a criação dos bezerros machos mais viável economicamente. Para isso, é imprescindível que a indústria e o governo apoiem pesquisas e programas destinados a isso.

Outra alternativa seria o incentivo dos grandes produtores de leite a destinarem esses animais, da forma e no tempo correto, a pequenos produtores de carne, que por sua vez, receberiam incentivo para criarem esses animais de forma digna e que se beneficiem economicamente dessa produção.

O conhecimento e a revolta dos consumidores são muito importantes para que realmente aconteça alguma mudança, uma vez que se o mercado mudou, a indústria se torna interessada em se adequar a nova realidade e o animais podem se beneficiar disso.


   
ReplyQuote
(@everson-breno-onesko-xavier)
New Member
Joined: 1 month ago
Posts: 4
 
Casos como esse investigado pela ONG Sinergia Animal, que expõem grandes empresas como a Danone, evidenciam os problemas e nos colocam a pensar em mudanças na cadeia produtiva do leite.
Para integrar os bezerros machos de forma mais ética e sustentável na produção de leite, algumas alternativas viáveis ​​​​incluem a utilização de sexagem espermática para garantir a criação de programas de mais fêmeas, a destinação dos machos para engorda e venda como carne, a doação dos bezerros para alimentação ou para pequenos produtores, e a implementação de protocolos de desmama precoce para reduzir o tempo de amamentação e direcionar o leite apenas para o desenvolvimento essencial dos bezerros. Essas alternativas visam promover práticas que respeitem o bem-estar animal e ao mesmo tempo garantam a absorção econômica para os produtores.
O papel da indústria, do governo e dos consumidores é crucial para fomentar essas mudanças. A indústria pode investir em tecnologias sustentáveis ​​e promover práticas éticas entre os produtores, enquanto o governo deve criar e implementar políticas que incentivem essas práticas, além de oferecer suporte financeiro e técnico aos produtores. Os consumidores, por sua vez, podem escolher produtos de origem ética e sustentável, pressionando a indústria a adotar práticas mais responsáveis. Essas ações colaborativas podem ajudar a criar um sistema de produção de leite mais justo e sustentável.
This post was modified 3 weeks ago 2 times by Everson Breno Onesko Xavier

   
ReplyQuote
(@priscilla-silva-azevedo)
Active Member
Joined: 1 month ago
Posts: 5
 

Fica claro no mercado de leite o descanso com os bezerros machos nas propriedades, evidenciado através do descarte precoce desses animais, o mal uso das técnicas de atordoamento para o abate, falta de locais e estruturas que tragam dignidade e bem-estar a esses animais, a descorna sem o uso de anestésicos corretos e a falta de colostro para bezerros machos. Visto esses descasos creio que única alternativa viável para integrar esses animais de forma mais ética e sustentável é a criação de leis mais severas (E sobretudo, de fiscalização nas propriedades) acerca dos machos presentes nesses locais, leis que proíbam o abate precoce desse animais (Sobretudo sem as técnicas de atordoamento adequado), a falta de colostro para que esses animais desenvolvem imunidade e criminalização de animais mantidos em gaiolas que firam seu bem-estar. Os animais machos devem ser encaminhados para outras funcionalidades, como a cria e a recria para se tornarem animais de abate de forma responsável (Mesmo que não ganhem tanto peso, quanto os que possuam genética para isso). E sobretudo deve haver uma maior fiscalização e uma maior penalização (Tanto em dinheiro, como em prisões) para pessoas e empresas que não cumpram as leis criadas. O papel do governo e da indústria é não deixar que situações como essa se tornam normalizadas e constantes e o papel do consumidor é ainda maior. O mercado rege o consumidor, ele muda de acordo com as vontades e necessidades do mesmo, caso o consumidor se negue a comprar de indústrias que possuam esse tipo de comportamento essa indústria irá falir, caso não mude. Então é de suma importância que o consumidor entenda e se interesse sobre o que acontece nesse meio, quais marcas promovem o bem-estar desses animais e quais marcas são totalmente contra o bem-estar animal e só pensam no próprio lucro, deixando de comprar com esse tipo de marca. A mudança depende da conscientização e ação coletiva.


   
ReplyQuote
(@beatriz-guerrero-monegat)
New Member
Joined: 1 month ago
Posts: 4
 

O abate de bezerros machos na pecuária leiteira é uma prática desumana que desrespeita o bem-estar e os direitos dos animais. Para nós, estudantes e profissionais da área veterinária, é evidente a crueldade dessa situação. O grande desafio reside nas grandes empresas e empreendedores que veem vidas como meros números, relevantes apenas em termos de lucro.

Atualmente, já existem técnicas reprodutivas que permitem definir o sexo do embrião, aumentando a quantidade de fêmeas nas fazendas de gado leiteiro. A solução para esse problema não está na diminuição da quantidade de machos, mas na destinação adequada desses animais.

A implementação de um sistema de doação dos machos para produções menores, parcerias com produtores de carne e o uso de raças de dupla aptidão são algumas das formas de garantir um maior bem-estar aos animais. Para que essas iniciativas sejam efetivas, é crucial que haja incentivos fiscais e a criação de leis que apoiem seu funcionamento, garantindo benefícios aos produtores que acertarem e penalidades para aqueles que errarem. Além disso, a pressão dos consumidores em relação ao bem-estar animal é essencial para que os produtores levem essas questões a sério. O governo também pode contribuir com medidas fiscais e de pesquisa, tornando tecnologias como a sexagem mais acessíveis, além de aplicar multas e advertências às práticas cruéis ainda presentes na indústria.


   
ReplyQuote
(@caio-vinicius-da-silva-cavalcanti)
New Member
Joined: 2 months ago
Posts: 4
 

Eu acredito que os bezerros machos são um dos maiores gargalos na produção de bovinos de leite, isso porque, toda a genética relacionada com a produção de leite não irá gerar o produto final: leite. Nesse sentido, há alternativas válidas para diminuir essa problemática, são elas: Uso de sêmen sexado, a utilização desses bezerros para a reprodução, a doação para produtores de carne com baixa tecnificação e, como a Manoella comentou, utilizar raças de dupla aptidão para que esse bezerro possa ser utilizado na área da bovinocultura de corte.

Em relação ao governo, acredito que deva-se instaurar fiscalizações em relação ao destino desses animais e fomentar fins legais que proíbam práticas sem a devida insensibilização. Em relação a indústria, prezar sempre pela transparência, pois sem ela não há credibilidade social para que seus produtos sejam comercializados de forma saudável. Por fim, a sociedade como indutora de mudanças nos aspectos éticos pode se fortalecer comunitariamente para instaurar mudanças na cadeia produtiva. 


   
ReplyQuote
(@gabriela-motta-neri)
Active Member
Joined: 2 months ago
Posts: 5
 

@gabriela-braulio-cancela Concordo com muitos pontos trazidos pela Gabriela, mas apresento certo desconforto quando sugere-se que os bezerros machos sejam usados para outras atividades, como o trabalho.

 Entendo perfeitamente os motivos que se sugere que tais práticas sejam adotadas, é eminente a necessidade de se traçar medidas concretas e sódias acerca da destinação dos bezerros machos. Ainda, as mesmas devem ser somadas a fiscalização e a tomada de medidas de garantia do seguimento destas eventuais leis (como sugerido pela colega). Entretanto, o histórico comportamental de machos taurinos é bastante delicado, colocando em risco até mesmo as pessoas que exercem atividades de lida e manejo desses animais.

 Acredito sim que muito desse "temperamento agressivo" seja decorrente de ações que nós humanos submetemos esses seres, menosprezando suas vidas desde o momento que percebe-se que são machos em uma produção que valoriza única e exclusivamente a fêmea. Porém, mesmo assim, não podemos ignorá-lo, mesmo fazendo parte de um efeito borboleta, este comportamento existe.

 Trago também como possível solução ao problema a introdução de tecnologias de sexagem de sêmen, pois, por meio dela, aumenta-se a chance de uma gestação originar um bezerro fêmea. Com isso, diminui-se os machos e toda a problemática acerca da sua destinação. Porém, cabe ressaltar que mesmo com tais tecnologias não há 100% de eficácia, fazendo com que ainda hajam bezerros machos e ainda seja necessário traçar estratégias de destinação para esses animais.

 Desta forma, concluímos que estamos tratando de um problema com muito mais vertentes do que imaginávamos, sendo imprescindível a discussão do mesmo com muita cautela, estudo e colaboração de profissionais, aumentando as chances de sucesso, chegando cada vez mais perto do BEA.


   
ReplyQuote
Page 4 / 5
Share:
Skip to content