FORUM

Notifications
Clear all

[Sticky] Discussão Notícias

69 Posts
69 Users
0 Likes
274 Views
(@milleny-saud-silva)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 
Considerando o atual modelo de produção de leite, no qual muitos machos são frequentemente descartados, é importante considerar alternativas que promovam uma integração e utilização mais ética desses animais. Embora eu acredite que a maior parte das mudanças relacionadas seja focada em pesquisa e investimentos em tecnologia genética, é possível imaginar soluções que envolvam todos os setores da cadeia produtiva:
As empresas do setor de leiteiro, por exemplo, podem adotar práticas mais sustentáveis ​​e humanizadas para os bezerros machos. Em alguns países, como na Nova Zelândia, companhias como a Fonterra proibiram o abate imediato desses animais, adotando sistemas de engorda que melhoram o bem-estar e possibilitam seu uso na produção de carne. Essa abordagem, além de mais ética, pode ser economicamente viável para o setor, se for desconsideradas as limitações genéticas quanto à quantidade e qualidade da carne de animais leiteiros. No Brasil, iniciativas semelhantes poderiam ser inovadoras, desde que as indústrias estavam dispostas a investir em práticas mais humanizadas (embora, na minha opinião, isso só aconteceria se essa demanda partisse diretamente dos consumidores, já que grandes empresas e essencialmente estabeleceram essa preocupação de criadores forma espontânea).
A criação de políticas públicas que incentivam práticas éticas na pecuária leiteira também é fundamental. Subsídios governamentais poderiam ser direcionados ao desenvolvimento de tecnologias de sexagem de embriões, diminuindo o nascimento de machos em sistemas exclusivamente leiteiros e, consequentemente, proporcionando o número de muitos machos descartados.
Além disso, a conscientização e o poder de escolha dos consumidores exercem grande influência sobre a indústria. Quando os consumidores desligam produtos que respeitam padrões de bem-estar animal, eles incentivam o setor a adotar práticas mais éticas. Regulamentações que garantem maior transparência nas práticas de criação das empresas também podem impactar a opinião pública, uma vez que os consumidores estão cada vez mais específicos em produtos oriundos de práticas responsáveis. Essa transparência seria um incentivo para mudanças positivas.
Acredito que uma das principais formas de melhorar essa parte do setor seja investir em pesquisas que possibilitem a sexagem dos animais antes do nascimento. Esse cenário se assemelha ao caso dos pintinhos machos, embora a aplicação de técnicas de sexagem em bovinos ainda apresente desafios maiores.
This post was modified 4 months ago by Milleny Saud Silva

   
ReplyQuote
(@luisa-maiklici-leite)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Essa noticia evidencia,mais uma vez, a ambição descontrolada em lucrar sob a vida de outro ser vivo. Acredito que para nós, estudantes e profissionais da área veterinária, seja fácil compreender a crueldade dessa situação, o grande problema são as grandes empresas e empreendedores que enxergam, cada vez mais, vidas como números que só são relevantes quando são transformados em porcentagem de lucro. 

Tendo em vista que atualmente já são utilizadas técnicas reprodutivas que permitem "definir" o sexo do embrião antes do seu nascimento aumentando a quantidade de fêmeas nascidas em fazendas de gado leiteiro, a solução para esse problema não está na diminuição da quantidade de machos e sim na destinação que esses animais tem. Considerando a experiência que tivemos no LPBL (laboratório de pesquisa em bovinos de leite) em Pirassununga, onde os bezerros machos que nasciam, mesmo com a sexagem fetal, eram doados para pequenos produtores, acredito que há muitas formas de evitar o descarte desses animais. 

A implementação de um sistema de doação dos machos para produções menores, parceirias com produtores de carne e uso de animais de dupla exigência são algumas formas de driblar essa situação e destinar esses animais a uma vida com mais bem estar. Porém todas essas opções precisam de incentivos fiscais e criações de leis que auxiliem no seu funcionamento para que os produtores sejam beneficiados quando acertarem mas tambem punidos quando errarem, a fim de fazer com que esses programas funcionem de fato. 


   
ReplyQuote
(@ana-beatriz-silveira-salvatico)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

É revoltante pensar que com toda evolução da biotecnologia e com discussões crescentes sobre o bem estar animal, ainda há práticas cruéis como essa, principalmente em empresas com o porte da Danone. Os bezerros machos, provenientes da bovinocultura leiteira, possuem o direito a ter dignidade e respeito, portanto a utilização de restos de colostros e abate inadequado se configuram como maus tratos e devem ser punidos por lei. Há normas de abate e elas devem ser respeitadas, independente da idade do animal e da empresa que paga o abatedouro pelo serviço. 

Além disso, não há desculpas que viabilizem essa prática. Como as matérias citaram, é possível realizar sexagem de sêmen para que nasçam mais bezerras fêmeas, bem como outras práticas como a venda desses bezerros para fazendas de engorda, aumento do intervalo entre partos para que se nasçam menos bezerros e utilização de raças de dupla aptidão. Todas essas práticas tem suas vantagens e desvantagens, bem como seu custo para implementação, porém, os produtores devem se adequar a isso. Em situações assim, a questão a se preocupar não é no quanto de dinheiro irá ter que gastar/investir, mas sim no bem-estar animal e se o produtor, seja ele grande ou pequeno, não perceber que ele tem que utilizar em sua fazenda alternativas para evitar o sofrimento dos animais e promover bem-estar, ele não deveria nem ser permitido de estar na produção animal. 

Está no momento de percebermos que os animais de produção não são simplesmente produtos da indústria da carne e do leite. Eles são sim essenciais para fornecer diversos tipos de alimentos, porém merecem uma vida digna. Como médicos veterinários nosso papel é garantir isso, não permitindo que práticas como a apresentada na noticia continuem a ocorrer. O governo em seu setor legislativo deve criar leis que protejam esses animais, proíbam essas práticas abusivas e deve haver uma fiscalização rígida para garantir que essas situações não aconteçam. Além disso, a população deve saber que essas práticas ocorrem, pois como consumidores cada vez mais exigentes, devem pressionar a indústria a mudar a forma como ela funciona. 

É ingênuo pensar que é uma mudança fácil de se fazer, mas é completamente necessário. Programas de extensão rural, por exemplo, podem ajudar pequenos produtores há criar um plano de implementação de mudança em suas fazendas. Além disso, podem haver certificações oficiais que garantam que a fazenda está garantindo o bem-estar desses bezerros e conscientização, dos consumidores, para comprar produtos principalmente de produtores certificados. 

 


   
ReplyQuote
(@ana-clara-rodrigues-alves)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Existem algumas alternativas viáveis para reduzir o descarte dos bezerros machos como já foi citado por algumas colegas: uso de sêmen sexado e/ou doação dos machos nascidos para produtores menores. Além dessas opções, pode-se avaliar a possibilidade de utilizar esses machos para corte. Como sua carne é de menor qualidade, o ideal seria vender para os consumidores por menor preço, o que poderia, inclusive, se tornar uma alternativa para a população de baixa renda que possui dificuldade de comprar carne de maior qualidade, podendo ter essas carnes dos machos provenientes de gado leiteiro como uma opção de proteína animal mais barata do que geralmente é encontrado no mercado. Para isso, deve-se levar em consideração que animais taurinos possuem menos eficiência alimentar, sendo necessário ingerir maior quantidade de alimento do que animais zebuínos (que são os geralmente utilizados como gado de corte). Por causa disso, para tornar essa criação de machos leiteiros viável para corte, o governo poderia reduzir os impostos direcionados aos produtores que adotassem essa prática de criação (e lógico, adotando também as medidas de bem-estar para esses animais), sendo uma forma de compensar pelo maior gasto com alimentos. 

Assim como o exemplo dado acerca da redução dos impostos, o governo também pode pensar em outras medidas que estimulem a adoção de práticas alternativas que visem o bem-estar dos animais, principalmente dos machos proveniente de gado de leite.

Quanto aos consumidores, o poder está em suas mãos, afinal, só permanece sendo vendido aquilo que é continuamente comprado. Diante das denúncias anunciadas, como a realizada em relação à marca Danone, o consumidor pode exigir melhorias da indústria, reduzindo o consumo dessas marcas enquanto as melhorias não forem postas em prática. Lógico que, para isso, deve haver também uma maior conscientização por parte dos consumidores em relação ao que ocorre na cadeia de produção animal.  


   
ReplyQuote
(@eimy-ng)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Considero que para integrar esses animais de forma mais ética e sustentável devemos de:
- Dar-lhes os mesmos cuidados fornecidos aos machos das fêmeas: Os mesmos exames pós-parto, cura de umbigo, colostro completo, transporte e destino adequados para esses indivíduos.
- Esses animais poderiam ser comercializados ou doados para pequenas criações com propósito de aproveitamento de sua carne
- Dar uso da genética desses machos para a área de reprodução.
- Poderiam se diminuir o nascimento desses machos nas criações utilizando sexagem dos embriões inseminados, etc.
Cabe destacar que além de equidade de tratos entre gêneros, considero que deveriam-se melhorar os tratos já fornecidos às fêmeas. Já que é contra o bem estar desses animais serem submetidos a ferimentos intencionais, mutilações, dor, confinamentos, maus tratos, entre muitas outras situações (comuns mas imorais) nas criações leiteiras.

Para fomentar mudanças nesses sistemas de criação de leiteiras, considero que deve haver apoio das indústrias, do governo e dos próprios consumidores.
Como indústrias, a fim de manter uma confiança moral com os consumidores, deveriam possuir critérios rígidos com respeito ao modo de criação e cuidados com os animais pertencentes às criações associadas a eles.
O governo deveria criar e fiscalizar leis e regulamentações a favor de uma criação e qualidade de vida adequada desses animais, cobrando multas quando as leis forem violadas.
Os próprios consumidores, ao serem determinantes para o sucesso das vendas de uma empresa, poderiam abster-se de comprar e consumir produtos apenas daquelas empresas que demonstram o bem estar dos animais envolvidos na produção do derivado. Conscientizar as empresas que para ter aumento nas vendas, precisa exigir o bem-estar dos animais nas criações associadas a eles.

This post was modified 4 months ago 3 times by Eimy Ng

   
ReplyQuote
(@lais-peres-goncalves)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

O descarte de bezerros machos na produção leiteira é um reflexo triste e perturbador de uma indústria que muitas vezes negligencia o bem-estar animal em prol do lucro. A criação de vidas apenas para serem descartadas como "indesejáveis" pela sua falta de retorno financeiro é inadmissível. Esses animais são privados de cuidados básicos, como uma nutrição adequada e um tratamento minimamente digno, o que impacta não só sua sobrevivência, mas também a ética e a responsabilidade que deveríamos ter em todas as etapas da cadeia produtiva.

Diante disso, a mudança não pode vir apenas de pequenos esforços ou somente da criação de selos de bem-estar animal. A ação efetiva requer uma combinação de legislação rígida, fiscalização constante e punições severas para práticas que desrespeitem os direitos básicos desses animais. O governo precisa intervir de maneira mais incisiva, implementando políticas de incentivo a práticas sustentáveis, mas também penalizando produtores que insistem em tratar bezerros machos como meros subprodutos descartáveis.

Além disso, a indústria deve escutar os consumidores, que cada vez mais exigem transparência e respeito à vida animal. É preciso tornar essas práticas conhecidas do público, pois o desconhecimento impede a pressão necessária para que mudanças reais aconteçam. Assim, investir na educação e na conscientização da população, incluindo o apoio a alternativas éticas, como o uso de sêmen sexado e a destinação de machos a outras fazendas, é um passo essencial. Não se trata apenas de mudar práticas, mas de reavaliar valores e adotar uma postura de respeito e ética para com todos os seres vivos envolvidos na produção leiteira.


   
ReplyQuote
(@adriana-lima-furukawa)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Como alternativa para a integração de bezerros machos, pode-se implementar o uso de técnicas de sexação, da doação desses animais para outros produtores e/ou santuários interessados, de raças com dupla aptidão (corte e leiteira), entre outras. Técnicas essas facilmente "adotáveis" por grandes produtores, dotadas de valores capitais mais que suficientes para o devido uso ao estabelecimento ao bem-estar animal. Para fomentar mudanças nesse sentido, esferas como a industrial, governamental e consumidora possuem papel imprescindível. Cabe à industrial dedicar seus recursos a pesquisa científica e uso de tecnologias, a fim de desenvolver medidas de bem-estar aos animais. Já à governamental, cabe a criação de leis e limites legislativos, com o objetivo de reduzir essas práticas inaceitáveis. Vale também o estímulo via incentivos fiscais para pequenos e médios produtores praticantes de medidas de bem-estar animal. Por fim, à consumidora, exigir essas mudanças, via alteração de comportamento e pensamento pré-compra, como, por exemplo, diferindo entre apoiar e condenar certas marcas e/ou empresas, de acordo com as práticas animais executadas. 


   
ReplyQuote
(@jessica-tiemi-katsuda)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

É inegável que dentro da produção animal há muito descaso, muitas vezes com atitudes antiéticas e simplesmente horríveis, mas raramente essa terrível realidade vem à tona. A produção de bovino de leite é apenas um exemplo disso. Acredito que nem toda a população pensa sobre o destino dos bezerros machos, já que, dentro da produção de gado de leite, o bezerro macho não possui importância. Podemos dizer que alguns poucos que apresentam uma ótima genética ficam a salvo disso, mas, em sua grande maioria, são apenas descartados, como meros objetos. 

Como no caso dos pintainhos na produção de poedeiras, o bezerro macho não apresenta um retorno financeiro para o produtor de leite. Porém, a dignidade ainda é algo intrínseco a sua existência. O exemplo da empresa Danone, uma multinacional de tamanha importância mundial, cometendo atrocidades ao bem estar e saúde dos animais é revoltante. Como foi relatado no caso, manutenção dos animais em alojamentos inapropriados, ferimentos não tratados e o não oferecimentos do colostros aos bezerros machos apresenta grande impacto à saúde animal. 

Existem alternativas à produção, como a sexagem de sêmen, ou até mesmo o destinação dos machos à produção de carne, garantindo o correto tratamento e colostragem à esses animais, é claro. Seria uma alternativa para evitar o abate desses animais tão precocemente e de forma tão irregular. 

As indústrias apresentam um papel preponderantes na manutenção do bem estar animal. Principalmente as grandes empresas, como a Danone, deveriam apresentam o manejo correto dos animais e transparências aos seus consumidores. É uma hipocrisia uma empresa desse porte cometer tal atrocidade e ainda continuar como uma grande marca da produção de laticínio. 

Ademias, o papel principal do governo é a fiscalização. A verificação da adequação à legislação deve partir do governo, já que apenas assim, as empresam parecem colaborar com o bem estar animal. 

Por fim, o consumidor apresentam uma importância fundamental: o consumidor é quem alimenta a indústria, ou seja, quem corrobora com todas as atitudes da empresa. A mudança deve partir da indústria, porém o estímulo para a mudança vem do consumidor. Por isso a importância da transparência. Sabendo das atrocidades, agora cabe ao consumidor exigir mudança para que a empresa modifique e se adapte ao que a sociedade acredita ser o melhor. 


   
ReplyQuote
(@julia-guolo)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Pensando no cenário da bovicultura leiteira, na qual machos tem menor valor econômico, é comum que práticas contradizendo com o que é visto como o bem-estar adequado a esses animais sejam relatadas. Visando uma integração desses animais no sistema de produção, evitando os descartes inadequados e a criação inadequada, considero uma boa alternativa o uso de raças de dupla aptidão, pois, desse modo, machos podem ter a criação voltada para o uso da carne. Além disso, a sexagem espermática também é uma opção, entretanto, é mais cara e, por isso, possui menor adesão de produtores menores.

Para além dos produtores, creio ser responsabilidade dos consumidores buscar sempre por produtos oriundos de criações que respeitem o bem-estar animal, pois tal atitude favorece que o próprio mercado exerça uma pressão para a adoça desse formato nas criações.

Por fim, é nítido que, quanto ao governo, cabe a fiscalização de tais criações, exigindo que estejam dentro dos padrões impostos pela legislação. Além disso, a revisão constante da legislação também é de extrema importância. A melhoria contínua dos padrões exigidos para a garantia de bem-estar dos animais em criações é um processo de extremo valor nesses casos, porém, infelizmente é prejudicado pela oposição que não é favorecida por isso, ou seja, principalmente produtores de grande influência que teriam sua margem de lucro diminuída com tais medidas, além dos políticos que recebem apoio de tal grupo. Dessa forma, infelizmente esse último processo mencionado é complicado, o que reforça a importância da mobilização dos consumidores.


   
ReplyQuote
(@juliana-d)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

O atual cenário da bovinocultura leiteira é crítico e alarmante e mostra-se ineficiente em praticar o bem estar animal, especialmente com os bezerros machos, que, por não serem “úteis” para a cadeia do leite, acabam por serem negligenciados e descartados. A investigação realizada pela ONG Sinergia expôs diversos problemas na linha de produção da Danone, mostrando irregularidades e descaso com os animais. Nesse contexto, a mudança é urgente, e alternativas para o combate do descarte de bezerros machos devem ser estudadas para posterior implementação.

 

Já existem possíveis caminhos discutidos para mitigar tal problema. O método mais interessante para minimizar o descarte de bezerros machos é por meio do uso de sêmen sexado, que diminui muito a chance de nascer um macho, porém é preciso destacar que o preço para realizar esse processo é maior. Outras alternativas possíveis são uso dos bezerros para a produção de carne ou doação desses animais para pequenos produtores (método utilizados pelo LPBL de Pirassununga, como já citado pela turma).

 

Entretanto, é necessário pressão da sociedade e auxílio do governo para que essa mudança seja viável, por exemplo, por meio de bonificações a fazendas que comprovem o bem estar animal, fiscalização mais rígida acerca do processo, com multas altas para o descumprimento das normas, e também o boicote de marcas irregulares pelos consumidores.


   
ReplyQuote
(@sofia-luciana-berg)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

@ellen-freitas-marcena Acredito que essa seja de fato uma boa ideia. O descarte inadequado de bezerros jovens, com uma insensibilização muitas vezes ineficaz, o que pode ocasionar no bezerro estando consciente na hora do abate, o transporte de animais que ainda não estão preparados para esse transporte, a privação do colostro e outras várias práticas citadas apenas demonstram o descaso com quem que não gera lucro. Essas práticas terríveis devem ser substituídas por varias ideias que meus colegas trouxeram também, como uso de semen sexado, manter os animais na fazenda a fim de que ganhem peso e sejam abatidos posteriormente e a doação desses bezerros para fazendas de pequeno porte são algumas dessas ideias. O governo tem o papel de fiscalizar e aplicar medidas que punam aqueles que realizam tais atos, a fim de garantir que a lei esteja sendo cumprida em todos os lugares do pais. Acredito que os consumidores tem um papel fundamental na melhora das condições de bem estará dos animais de fazenda, já que eles que decidem de quem irão comprar. O boicote de empresas que não cuidam do bem estar de seus animais pode ser uma medida que auxilie o combate a essas práticas terríveis que estão sendo realizadas no país.


   
ReplyQuote
(@leticia-de-souza-de-carvalho)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 
O descarte de machos provenientes de vacas leiteiras é uma questão que envolve dilemas éticos, ambientais e econômicos. Ao contrário das fêmeas, que são utilizadas para a produção de leite, os machos não são necessários no sistema produtivo leiteiro, e isso gera uma série de implicações. Estes animais, em muitos casos, são sacrificados logo após o nascimento ou submetidos a condições precárias de vida até que atinjam o peso para o abate, uma vez que sua criação é considerada economicamente inviável. A resolução deste problema depende da colaboração entre produtores, governo e sociedade, em uma busca por soluções que contemplem o bem-estar animal, a sustentabilidade e a economia. A produção de leite exige um ciclo constante de reprodução das vacas para manter o fluxo produtivo. Como resultado, muitos bezerros nascem a cada ano, sendo aproximadamente metade desses machos. Como o gado leiteiro não foi selecionado geneticamente para ganho de peso ou características que facilitam o engorde rápido, a criação desses machos para carne é financeiramente desfavorável para o produtor. Assim, esses animais acabam sendo descartados de forma precoce. Além disso, o descarte massivo de machos representa um desperdício de recursos e uma sobrecarga ambiental, já que o manejo inadequado desses animais pode gerar resíduos e impactos no solo e na água. Somam-se a isso as questões econômicas: muitos produtores têm seus lucros limitados devido à necessidade de manter instalações e mão-de-obra para o manejo de animais que não geram renda direta. O tratamento inadequado e os sacrifícios de animais saudáveis abrem uma discussão ética sobre os limites da exploração animal. Em muitos países, a pressão das organizações e a opinião pública levaram ao desenvolvimento de políticas mais restritivas quanto ao manejo e descarte desses animais. Para lidar com esse problema, é essencial que a sociedade, o governo e os produtores trabalhem em conjunto. As soluções possíveis passam pela implementação de políticas públicas, incentivos para práticas sustentáveis e conscientização social. O uso de melhoramento genético e novas tecnologias pode ajudar, uma vez que a inseminação seletiva é uma alternativa viável para reduzir o nascimento de machos indesejados. A inseminação com sêmen sexado permite escolher o sexo do bezerro, aumentando a probabilidade de nascimento de fêmeas, que são mais valiosas no sistema leiteiro. Esta tecnologia, embora a custos, pode ser incentivada pelo governo por meio de subsídios e capacitação para que os pequenos e médios produtores possam avançar. Outra possibilidade seria integrar a produção de leite com a criação de carne, onde os machos são destinados a sistemas de engorda específicos, adaptados para rentabilizar sua carne de forma sustentável. Essa abordagem requer um investimento inicial em técnicas de manejo e adaptação de raças, mas poderia oferecer um destino economicamente viável para esses animais. O governo poderia fornecer subsídios para infraestrutura e treinamentos para produtores. A sociedade precisa estar informada sobre os desafios que envolvem a produção de leite e carne, compreendendo as consequências de suas escolhas de consumo. Dessa forma, a pressão social pode criar um mercado favorável para práticas mais éticas e sustentáveis. O governo também pode atuar de forma mais energética ao estabelecer regulamentações que proíbam o descarte desses animais e as condições precárias de vida, caso esses animais sejam destinados ao abate. Além disso, os incentivos fiscais podem ser oferecidos aos produtores que adotem práticas sustentáveis e que promovam o bem-estar animal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

   
ReplyQuote
(@sabrina-forlenza)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

O abate dos bezerros machos na pecuária leiteira é extremamente desumano, visto que já existem diversas alternativas para evitar esta prática, como: a realização da inseminação das vacas com sêmen sexado; a criação dos machos para o uso como reprodutores; o uso de raças com dupla aptidão, em que o macho poderá ser criado para a produção de carne; e a doação desses animais para produtores competentes que estejam precisando. Nesse contexto, para que essas alternativas sejam levadas em conta pelas indústrias leiteiras, já que requerem um certo investimento financeiro, acredito que a pressão dos consumidores a respeito do bem-estar na pecuária é imprescindível para que os produtores comecem a levar a sério essas questões. Além disso, o governo pode atuar com incentivos fiscais e no âmbito da pesquisa com sexagem, fazendo com que se torne algo mais acessível para os pequenos produtores, e claro, pode agir aplicando multas e advertências naqueles estabelecimentos que ainda tratam com crueldade seus animais.


   
ReplyQuote
(@gabriel-gutierrez-de-lima)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

As práticas de descorna sem anestesia, transporte precoce e abate de machos são alternativas econômicas para a indústria de produção de leite. Essas práticas, assim como diversas outras realizadas na produção animal, ocorrerão enquanto não houver fiscalização e legislação efetiva, que puna vigorosamente os produtores que ferem os princípios de bem-estar animal. Ao mesmo tempo, o papel do consumidor é essencial, pois o consumo estimula a continuidade da produção e revela conivência com as práticas. Mas o consumidor, por sua vez, deve se atentar e se preocupar com os métodos de manejo realizados para tomar sua decisão. Porém, a indústria da produção animal, em grande parte, não é transparente com o consumidor e na maioria das vezes não se sabe ao certo o que acontece dentro das propriedades, por isso o consumidor acaba aceitando o produto, mesmo sendo contra as práticas que são realizadas no local. Por esse motivo, acredito que o consumidor deve cobrar das empresas essa transparência e a fiscalização deve ser realizada por terceiros, com exposição de vídeos e fotos dos animais nas diversas fases de produção.


   
ReplyQuote
(@gabriela-angelo-de-freitas)
Active Member
Joined: 5 months ago
Posts: 5
 

Os bezerros machos remanescentes como no caso da Danone mostra um sério caso de falta de bem-estar na indústria agropecuária. A melhor maneira, ao meu ver, seria o uso de sexagem, porém esse método tem diversas ressalvas devido o custo, a taxa de prenhez, entre outros índices que podem variar sem ter benefínio correto, aparentando ser desvantajoso para os produtores de gado leiteiro. Sendo assim, a maneira mais compatível com o bem-estar dos animais seria os produtores venderem os bezerros para ter uma destinação tanto para carne para componente de ração animal quanto outros mercados mais receptivos. Nesse último seria onde os consumidores podem desempenhar o papel de impulsonador para a indústria começar a querer mudar, pois, o cliente que dita os produtos comerciaizados na sociedade contemporânea.

Assim, o governo pode ajudar o questionamento do debate pela simples criação de uma lei exigindo abate humanitário com os bezerros remanescentes com fiscalização, como está acontecendo nos países na Europa que começou o debate devido a exigência política. Desta forma, a coerção sobre a indústria por meio do Estado e pelos consumidores vai gerar melhores desenvolvimento para ter uma destinação mais adequada podendo ter a possibilidade para o debate de consumo de carne de gado leiteiro, abrindo portas para mais um mercado. Porém, acredito que essas mudanças são feitas a longo prazo, porque é muito difícil mobilizar as pessoas muito mais mudar uma atividade tradicional como a da pecuária.


   
ReplyQuote
Page 2 / 5
Share:
Skip to content